Director da Nova SBE recomenda que alunos e professores testem ChatGPT. “Não há nada como experimentar”

Pedro Oliveira, director da Nova SBE, defende que professores e alunos devem testar o ChatGPT para perceber como é que a ferramenta pode mudar o ensino.

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Pedro Oliveira, director da Nova SBE, fala sobre o ChatGPT LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

O director da Nova SBE, Pedro Oliveira, acredita que é importante que as pessoas experimentem o ChatGPT para perceber a tecnologia por detrás do programa de computador da OpenAI que responde com linguagem natural a perguntas de diversas áreas do conhecimento. "Não há nada como experimentar", sublinhou Pedro Oliveira numa entrevista à agência Lusa sobre a tecnologia.

Basta um navegador para aceder à versão gratuita do ChatGPT, que foi lançada no final de Novembro pelo laboratório de inteligência artificial OpenAI, e que tem motivado muito debate.

"O que nós hoje, penso eu, temos que começar a dizer, por exemplo, nas universidades, aos nossos professores que ainda estão menos familiarizados com esta tecnologia é que têm que experimentar, têm que conhecer. E depois têm que pensar que implicações é que isto tem para as actividades deles", defende Pedro Oliveira.

O director da Nova SBE defende que é importante incentivar os professores a repensar na forma como os alunos são avaliados. "Como é que vão garantir que quando se avalia o aluno estamos mesmo a avaliar o aluno, o conhecimento original que é transmitido pelo aluno e não o conhecimento que nos é transmitido por uma máquina", explica Pedro Oliveira.

O que é que as empresas, os colaboradores devem fazer em relação ao ChatGPT? "A minha principal recomendação é essa: antes de mais informem-se, experimentem, experimentem por vocês, não se deixem só assustar por aquilo que lêem e depois vão ver que é fabuloso", reforça.

Para Pedro Oliveira, "não há volta a dar" a sistemas como o ChatGPT: "Acho que tentar parar isto é tão produtivo, é tão eficiente como tentar parar o vento com as mãos".

A Nova SBE vai realizar debates sobre o tema, em parceria com a Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, a 1 e 23 de Março. Esta parceria com a Faculdade de Ciências Médicas (Nova Medical School) surge "porque também são muitos os desafios para a saúde, mas para nós, no ensino, para nós, na economia, nos negócios, os desafios são gigantescos", insiste Pedro Oliveira.

Nestes debates vão estar presentes especialistas, profissionais da área da saúde, entre outros, para discutir "precisamente as implicações desta nova tecnologia".

"Apesar de todos os desafios que nós vislumbramos que temos pela frente, este é um tema absolutamente fascinante e acho que a universidade tem que fazer aquilo que sempre fez: que é abraçar novo conhecimento", defende Pedro Oliveira "Esperamos que, com isto, um impacto positivo na sociedade de escolas como a nossa seja ainda maior", remata.

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