Um filme é um filme é um filme — mas é mesmo?

Retorno a Roterdão, para uma breve visita ao 52º Festival Internacional de Cinema e primeiro com existência física desde 2020.

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“Por favor não vejam este filme apenas à luz do seu tema. Apreciem-no pela sua arte”, disse-se na abertura da estreia mundial de Numb, segunda longa-metragem do iraniano Ali Toodehroosta, no Festival de Roterdão. Louvável convite: estamos aqui para ver um filme, vamos apreciá-lo pelo que ele é, um filme. Mas será isso ainda possível hoje em dia? Sobretudo quando o filme em questão se insere na genealogia do cinema iraniano sobre a infância, no exacto momento em que o regime teocrático está disposto a sufocar toda e qualquer dissensão da “linha oficial” e filmes como Numb nem são mostrados no Irão?

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