Benfica volta ao local do crime para testar Sp. Braga na Taça

Equipas voltam a encontrar-se na prova rainha depois da final de Coimbra em 2020/21.

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Sp. Braga e Benfica encontram-se na Taça depois do triunfo minhoto para o campeonato EPA/HUGO DELGADO

O Benfica volta, esta quinta-feira (20h30, RTP1), ao local do crime, a Braga, onde no penúltimo dia de 2022 averbou a única derrota oficial do consulado de Roger Schmidt.

Um resultado (3-0) que não deixou margem para discussões e que vincou, ainda, a resiliência do Sp. Braga, que nesse jogo teve de “maquilhar” as cicatrizes de um doloroso e ainda fresco 5-0 na Taça da Liga frente ao Sporting.

Agora, vítimas de uma réplica da goleada de Alvalade (novo 5-0 em casa do “leão”, para a Liga), os minhotos voltam a enfrentar o Benfica, mas em jogo a eliminar, de acesso às meias-finais da Taça de Portugal, prova onde as duas equipas se defrontaram pela última vez na final de 2020/21, ganha por 2-0 pelos minhotos, em Coimbra. Um dos heróis desse jogo, autor do segundo golo, está de volta após breve paragem por lesão contraída no Bessa.

Depois de fechar 2022 com um bis que ajudou a ditar a já mencionada primeira derrota dos “encarnados” na presente temporada, Ricardo Horta está de novo entre as opções de Artur Jorge, que, entretanto, perdeu o goleador Vitinha, mas ganhou Pizzi e Bruma, nomes que desbloquearam o último jogo, com o Famalicão.

No Benfica, Schmidt recuperou Gonçalo Ramos, afastado dos dois últimos compromissos por lesão. Resta saber se o treinador alemão devolverá a titularidade ao avançado, entretanto substituído pelo reforço de Inverno Gonçalo Guedes.

O Benfica, que deverá manter o quarteto defensivo dos últimos três jogos e ainda a dupla Florentino e Chiquinho, tem um problema de abundância, com forte concorrência na linha atacante.

João Mário, Neres, Rafa, Aursnes e os dois Gonçalos deverão disputar as restantes quatro vagas. O desaire de Dezembro pode aconselhar a manter o "onze" que garantiu os dois últimos triunfos, com Aursnes e... sem Rafa nem Ramos. Dúvida que só Roger Schmidt poderá esclarecer.

Atento, e até dispensado de uma resposta como a dada da primeira vez — já que teve oportunidade de fechar a ferida de Alvalade frente ao Famalicão (4-1) em menos de quatro dias —, o Sp. Braga tem todos os dados para procurar repetir o trajecto das edições de 2018/19 e 2020/21, em que atingiu uma meia-final antes de erguer o terceiro troféu da história do clube.

Com os compromissos europeus à porta — Liga Conferência para os bracarenses e Champions para as “águias” (com deslocação à Bélgica) — numa altura em que os “arsenalistas” continuam, a par de FC Porto, empenhados na perseguição ao líder Benfica, este jogo promete múltiplas camadas de interesse, ainda que só o sucesso nos quartos-de-final conte no imediato.

Até porque na meia-final estará o vencedor do Casa Pia-Nacional da Madeira (17h30, SPTV2), o que oferece uma perspectiva ainda mais realista de poder marcar presença na final da 83.ª edição da prova rainha.

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