Lula convida Macron a participar na cimeira dos países da Amazónia

França tem território na floresta amazónica, por causa do seu território ultramarino da Guiana Francesa. Belém do Pará foi oferecida como cidade-sede da COP30, em 2025.

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Lula da Silva está a avançar na frente diplomática em defesa da Amazónia Reuters/UESLEI MARCELINO

O Presidente brasileiro, Lula da Silva, convidou o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, para a cimeira da Organização do Tratado de Cooperação Amazónica, que pretende organizar durante o primeiro semestre deste ano.

França é o único país europeu que partilha o bioma amazónico, por causa do seu território ultramarino da Guiana Francesa.

Lula da Silva, que foi eleito com a promessa de lutar contra a desflorestação na Amazónia, disse ter discutido os desafios das alterações climáticas num telefonema com Emmanuel Macron. O Presidente francês, por sua vez, convidou o Brasil para a cimeira “One Forest Summit”, que França e o Gabão vão organizar no início de Março, de acordo com um comunicado do gabinete presidencial, citado pela Reuters.

Para além do Brasil e da Guiana Francesa, seis outros países têm territórios na maior floresta do mundo: Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Suriname e Venezuela, que fazem parte da Organização do Tratado de Cooperação Amazónica, à qual Lula quer dar nova dinâmica. Não são ainda conhecidos outros pormenores sobre o programa.

Ao discursar na Cimeira do Clima das Nações Unidas, no Egipto (COP27), em Novembro, Lula avançou também com a oferta de realizar esta grande conferência internacional em 2025 (COP30) na Amazónia. Já este mês, foi proposta a cidade de Belém (estado do Pará) para colher a COP30. A decisão, no entanto, só será tomada na Cimeira do Clima das Nações Unidas deste ano, que decorrerá nos Emirados Árabes Unidos.

O Brasil obteve já o apoio para que a COP30 se realize na Amazónia da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), que teve esta semana a sua cimeira, na Argentina. Com Lula da Silva, o país regressou este ano a este organismo regional, do qual o Governo de Jair Bolsonaro tinha decidido sair há já três anos.

Em Novembro, França tinha também apoiado a oferta do Brasil para realizar a COP30 na Amazónia.

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