Presidente pede que Governo e professores cheguem a acordo dentro de “dias”

Marcelo avisa que braço-de-ferro entre professores e Governo pode prejudicar a escola pública e pede acordo no máximo em duas semanas.

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Marcelo considera que a luta dos professores teve o mérito de fazer o Governo avançar com propostas Daniel Rocha

O Presidente da República pediu esta quinta-feira que Governo e sindicatos de professores prossigam o diálogo, evitem radicalizar posições e procurem um acordo a "meio caminho" entre as respectivas posições de partida.

Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, manifestou a esperança de que "se chegue a uma conclusão positiva" em breve, "em vez de ser daqui a um mês, dois meses, três meses, quatro meses, ser daqui a uma semana ou duas, ou dias".

O chefe de Estado defendeu que "importa que a escola pública não seja prejudicada" e considerou que esta é uma "corrida contra-relógio" para que "haja condições para que este período não seja substancialmente perdido".

Segundo o Presidente da República, inicialmente parecia "que não havia maneira de se entenderem, que não estavam a falar a mesma a mesma linguagem", e "aí a luta dos professores teve um mérito, como teve um mérito o facto de o Governo ter agora tomado a consciência de que devia avançar com formulações escritas e propostas escritas mais concretas em pontos sensíveis para os professores".

"Há um ponto de partida. E aquilo que eu desejo é que o diálogo continue, porque todos têm interesse em que se chegue, se não à solução perfeita, que vai ser difícil, que agrade a todos, vai ser impossível, que agrade no maior número de pontos ao maior número de interessados", afirmou.

Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que "os interessados são os professores, são os outros que trabalham, e muito, nas escolas com eles, são os pais, os encarregados de educação, são os alunos".

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