Presidente executiva da TAP diz que empresa vai recompensar trabalhadores

A TAP está “a trabalhar em soluções” para “recompensar os trabalhadores por todos os esforços desenvolvidos” e “mitigar o impacto da inflação”, disse Ourmières-Widener em mensagem aos funcionários.

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Christine Ourmières-Widener, presidente da TAP, é ouvida esta quarta-feira no Parlamento LUSA/JOÃO RELVAS

A TAP está “a trabalhar em soluções” que permitam “recompensar os trabalhadores por todos os esforços desenvolvidos e que permitam também mitigar o impacto da inflação”. Numa mensagem enviada esta terça-feira à tarde aos trabalhadores, a presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, não concretiza a iniciativa, acrescentando que as referidas soluções “serão partilhadas em primeira mão com os representantes dos trabalhadores”.

No parágrafo anterior, a gestora refere ainda que a empresa encetou “um conjunto de novas medidas que passam pelo investimento em 48 milhões de euros de remuneração aos trabalhadores para alívio dos cortes salariais efectuados”, a par de medidas como formação.

Actualmente, os trabalhadores têm um corte de 25% da parte do salário acima dos 1410 euros, e a empresa está a negociar com os sindicatos novos acordos colectivos de trabalho (designados de acordos de empresa). Do lado dos tripulantes de cabina, estes votam na quinta-feira a última proposta da TAP para alcançar paz social e evitar a greve marcada para 25 a 31 de Janeiro.

Sem mencionar o caso da indemnização de meio milhão de euros paga a Alexandra Reis quando esta saiu da comissão executiva, em Fevereiro do ano passado, e que a levará esta quarta-feira ao Parlamento para dar explicações sobre o caso, a gestora diz acreditar que a empresa terá “resultados melhores e mais cedo do que o previsto”. Temas que têm gerado alguma polémica interna, como o plano de mudança de sede, também ficaram de fora desta mensagem.

As contas de 2022 serão apresentadas em Março, com a possibilidade de a companhia apresentar resultados líquidos positivos, depois de já o ter feito no terceiro trimestre. Para já, a presidente executiva diz poder adiantar “que a TAP teve no ano passado uma das maiores receitas da sua história”. Este é, diz, “o resultado não só de uma maior procura de mercado, mas, também, de um conjunto de medidas tomadas ao longo deste primeiro ano do plano de reestruturação”. Mesmo assim, refere, há “um longo caminho a percorrer”, “muito difícil e complexo”.

“Todos nós estamos bem cientes que esta transformação [vivida pela TAP], sendo significativa, impacta todos os stakeholders da empresa e implica algumas decisões, que não agradarão a todos.” “Sobretudo”, acrescenta, “exige um esforço a todos e a cada um de nós que ainda é necessário perdurar. Vivemos um ano decisivo para a nossa companhia”.

Se o contexto de 2022, diz, foi “particularmente difícil e adverso”, o que leva Ourmières-Widener a ligá-lo à imagem do Cabo das Tormentas e à ultrapassagem, o desejo da presidente executiva da TAP é o de que “2023 seja o início do caminho rumo ao Cabo da Boa Esperança”.

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