Novak Djokovic está de regresso à segunda casa

Quadro principal do Open da Austrália arranca já na próxima madrugada. Sérvio procura o 10.º título em Melbourne.

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Novak Djokovic durante os treinos na Austrália Reuters/LOREN ELLIOTT

Um ano depois de lhe terem recusado o visto de entrada no país, Novak Djokovic está de volta ao Open da Austrália, torneio que já venceu por nove vezes, justificando que tantos considerem a Rod Laver Arena a sua segunda casa. O sérvio regressou a Melbourne sem rancor pelos acontecimentos de 2022 e muito motivado para somar um 10.º título e igualar o rival Rafael Nadal com 22 troféus do Grand Slam.

“É por isso que jogo ténis profissional, porque quero ser o melhor, quero ganhar os maiores torneios do mundo. E é também a maior razão pela qual estava ansioso por voltar à Austrália; por causa do meu registo aqui. Adoro jogar na Rod Laver Arena, em especial nas sessões nocturnas”, confessou Djokovic. O actual número quatro do ranking mundial chegou cedo ao país, passou duas semanas na cidade de Adelaide, tendo ganho o primeiro torneio ATP 250 que aí se realizou – após salvar um match-point na final, diante de Sebastian Korda –, antes de viajar para Melbourne.

Colocado na metade inferior do quadro, Djokovic tem como primeiro adversário na jornada de terça-feira o espanhol Roberto Carballes Baena (75.º no ranking), mas deverá estar mais preocupado com a pequena lesão na perna esquerda, que tem condicionado os treinos em Melbourne Park. “Tenho podido treinar-me, o que já um sinal positivo, mas tenho sido mais cauteloso e não me tenho treinado a fundo”, adiantou.

Djokovic terá como principais adversários até às meias-finais Matteo Berrettini ou Andy Murray (os dois defrontam-se na primeira eliminatória), Andrey Rublev e Pablo Carreño Busta. Casper Ruud e Taylor Fritz são os principais candidatos ao outro lugar de semifinalista dessa parte do quadro.

Tanto Djokovic como Ruud e Stefanos Tsitsipas sairão de Melbourne no primeiro lugar do ranking caso vençam o Open. Se o sérvio e o grego não triunfarem, bastará a Ruud chegar à final para destronar Carlos Alcaraz, um dos grandes ausentes do torneio.

Rafael Nadal, detentor do título, não poderá melhorar o total de pontos e chega a Melbourne com apenas uma vitória nos três encontros que realizou na United Cup. E tem uma primeira eliminatória traiçoeira, de madrugada, diante de Jack Draper, um dos jogadores que mais subiu em 2022: 223 lugares que o levaram o britânico de 21 anos ao 42.º posto.

Na metade do quadro de Nadal estão igualmente Frances Tiafoe, que eliminou Nadal no US Open, Daniil Medvedev, que esteve perto de o derrotar na final do Open do ano passado. Tsitsipas ou Felix Auger-Aliassime são os outros favoritos da parte superior do quadro a chegar às meias-finais.

Iga Swiatek, a favorita

No quadro feminino, espera-se uma nova campeã. As duas únicas antigas vencedoras presentes no quadro, Victoria Azarenka (vencedora em 2012 e 2013) e Sofia Kenin (2020), defrontam-se na ronda inaugural e nenhuma figura na lista de favoritas. Li Na (2014), Serena Williams (2015 e 1017), Caroline Wozniacki (2018) e Ashleigh Barty (2022) já se retiraram do circuito profissional e Angelique Kerber (2016) e Naomi Osaka (2019 e 2021) estão grávidas.

O favoritismo recai assim em Iga Swiatek, a incontestável número um do ranking. Contudo, uma semana atrás, na United Cup, a polaca de 21 anos perdeu claramente com Jessica Pegula (3.ª), que deverá ser a sua principal rival na Austrália.

Portugal estará representado nos singulares por Nuno Borges e João Sousa, que actuará também nos pares ao lado de Francisco Cabral. Borges (112.º) estreia-se no Open da Austrália na próxima madrugada, diante do italiano Lorenzo Sonego (44.º). Na terça-feira, Sousa (82.º) defronta o espanhol Roberto Bautista Agut (26.º) finalista no sábado no segundo ATP 250 de Adelaide. Cada um já derrotou o adversário por três vezes.

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