Carlos Alcaraz chegou ao topo do ténis mundial

Ao derrotar Casper Ruud na final do US Open, o espanhol de 19 anos conquistou o seu primeiro título do Grand Slam e é o mais novo número um do ranking ATP.

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Carlos Alcaraz torna-se no mais jovem líder mundial de sempre EPA/JUSTIN LANE
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O espanhol Carlos Alcaraz bateu o norueguês Casper Ruud em 4 sets Reuters/Danielle Parhizkaran
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Carlos Alcaraz celebra a vitória no US Open EPA/CJ GUNTHER
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O espanhol Carlos Alcaraz bateu o norueguês Casper Ruud em 4 sets Reuters/Robert Deutsch
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Carlos Alcaraz torna-se no mais jovem líder mundial de sempre,Carlos Alcaraz torna-se no mais jovem líder mundial de sempre EPA/JUSTIN LANE,EPA/JUSTIN LANE,EPA/JUSTIN LANE,EPA/JUSTIN LANE
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A euforia dos adeptos, em Espanha Reuters/VIOLETA SANTOS MOURA

Aos 19 anos, Carlos Alcaraz cumpriu a profecia: tornou-se campeão de um torneio do Grand Slam. O tenista espanhol derrotou Casper Ruud na primeira final na centenária história dos torneios do Grand Slam em que os dois finalistas decidiam quem iria conquistar o primeiro major das carreiras e qual iria subir ao primeiro lugar do ranking mundial. Alcaraz é agora o novo e mais jovem número um do mundo - o 28.º desde a criação do ranking computorizado em, Agosto de 1973.

Na final individual masculina de um torneio do Grand Slam mais jovem desde 2002, Alcaraz venceu o norueguês de 23 anos, por 6-4, 5-7, 7-6 (7/1) e 6-3. A emoção começou cedo com sete break-points a serem disputados nos três primeiros jogos. Alcaraz “quebrou” o adversário para 2-1 e foi o suficiente para assegurar a partida inicial. Mas o primeiro break de Ruud – ao fim de 1h16m – para 4-2, confirmou que o espanhol estava uns furos abaixo do nível exibicional das rondas anteriores. E o norueguês não desperdiçou a vantagem para ganhar pela primeira vez um set a este adversário – em seis disputados.

Alcaraz reagiu com brio e começou o terceiro set com um break. Só que Ruud voltou a confirmar o equilíbrio, anulou um break-point a 0-2, e passou para a frente (3-2). O tenista de Murcia serviu bem quando precisava e subiu à rede, encurtando os pontos. Foi nessa zona do court que, a 5-6, salvou dois set-points. E no jogo decisivo, Ruud cometeu dois erros quando serviu e o espanhol saltou para 4/1, para ganhar pela primeira vez um tie-break em cinco disputados neste US Open.

Com a esmagadora maioria dos adeptos no Arthur Ashe Stadium em delírio, Alcaraz soube gerir muito bem o quarto set. Aproveitou um jogo de serviço menos bom do norueguês para fazer o 4-2, serviu criteriosamente, não enfrentando qualquer break-point e somando oito ases – contra seis nos três sets anteriores – para concluir ao fim de 3h20m.

"Um sonho desde criança"

“Ganhei o primeiro set porque servi muito bem. Talvez o Casper merecesse ganhá-lo, porque estava muito forte do fundo do court. Sinceramente, entrei muito tenso e mesmo no terceiro também. No final, estava bem mentalmente e as pulsações também, mas as pernas estavam muito pesadas e só me concentrei no serviço”, reconheceu Alcaraz. Depois de um abraço longo a Ruud, o teenager espanhol correu para a família e equipa técnica, para abraçá-los fortemente, com lágrimas nos olhos, em especial o treinador Juan Carlos Ferrero, que o acompanha desde 2018.

Na entrega de prémios, Casper recebeu uma grande ovação do público e surpreendeu muitos ao recordar o 11 de Setembro de 2001. “É um dia emotivo para os EUA e queria partilhar as minhas orações com todos os familiares e amigos próximos das vítimas”, disse o norueguês, finalista igualmente em Roland Garros. “Foi uma noite especial para nós, sabíamos o que estava em jogo. Vamos ser número um e dois do mundo, o que é apropriado. Tenho pena de não ser o número um, mas número dois também não está mal. Estou contente com esse número e vou continuar a procurar o meu primeiro Grad Slam e o número um do ranking”, acrescentou.

Alcaraz também fez questão de começar por lembrar o dia de má memória para os EUA e confessou ter alcançado um grande objectivo: “Sempre foi um sonho desde criança, ser número um, ganhar um Grand Slam, uma coisa que sempre tentei alcançar. Trabalhei muito, mesmo muito, com a minha equipa, a minha família... É difícil falar devido às emoções. Tenho 19 anos e todas as decisões foram tomadas com a minha família e a minha equipa, por isso, é muito especial”, afirmou o espanhol, após receber o troféu das mãos de John McEnroe.

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