Europa a vermelho: temperaturas acima da média atingiram o continente em 2022

Uma imagem da missão Copérnico mostra o vermelho espalhado pela Europa, que reflecte o aumento da temperatura média por todo o continente. Em Portugal, subiu 1,38 graus.

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Imagem mostra as anomalias de temperatura sentidas por toda a Europa em 2022 Copérnico/União Europeia

Caracterizado por secas, incêndios e ondas de calor por toda a Europa, 2022 foi um dos anos mais quentes sentidos neste continente. A época do Verão regista consistentemente temperaturas mais altas do que as do Verão anterior e o recorde de 2021 foi quebrado.

Muitos países viram os seus termómetros a atingir valores mais elevados e, entre eles, Portugal teve o ano mais quente desde que há registos, segundo avançou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) ao PÚBLICO.

Uma imagem partilhada esta quarta-feira pelo sistema europeu de satélites Copérnico (a missão da União Europeia para a observação da Terra) revela as variações na temperatura média europeia do ar à superfície durante o último ano, com regiões a registar aumentos até dois graus Celsius.

Ondas intensas e prolongadas de calor e o terceiro Outono mais quente de sempre contribuíram para condições climatéricas extremas, que levaram a secas, principalmente nos países do Sul da Europa, como França, Espanha e Portugal, onde a temperatura média subiu 1,38 graus, de acordo com dados do IPMA.

Os recordes de temperatura estenderam-se até ao Ano Novo: a entrada em 2023 foi caracterizada por temperaturas máximas demasiado altas para a época, sobretudo na região central da Europa. Na Polónia, Dinamarca, República Checa, Países Baixos, Bielorrússia, Lituânia e Letónia, registou-se o dia mais quente de Janeiro e a cidade de Delémont, na região Norte dos Alpes, chegou mesmo aos 20 graus Celsius.

“Cada vez mais temos tido esta frequência de extremos, principalmente associados ao calor”, explicou esta semana Vanda Cabrinha, climatologista do IPMA, ao PÚBLICO.

Texto editado por Claudia Carvalho Silva

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