Corpo de activista LGBT+ encontrado em caixa de metal no Quénia

Apesar de não se saberem ainda as motivações, suspeita-se a morte do jovem de 26 anos esteja relacionada com a sua sexualidade.

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Edwin Chiloba DR

A polícia do Quénia está a investigar a morte de um activista LGBT+ cujo corpo foi encontrado dentro de uma caixa de metal, disseram esta sexta-feira as autoridades policiais do país.

O corpo de Edwin Chiloba foi encontrado na quarta-feira numa estrada na província de Uasin Gishu, no Oeste do país.

Segundo a polícia, um taxista que trabalha com transporte de passageiros em motas relatou ter visto a caixa a ser despejada por um veículo sem matrícula. A polícia, que recebeu o alerta do taxista, encontrou na caixa o corpo em decomposição de um homem.

O corpo foi levado para o Hospital de Ensino e Referência do Moi, onde foi identificado. Estão agora a ser realizados exames para identificar as causas da morte do activista.

Chiloba era um conhecido activista LGBT+ e já tinha sido atacado e agredido devido ao seu activismo, declarou o seu amigo Denis Nzioka, na quarta-feira, no Twitter. Apesar de não se saberem ainda as motivações, suspeita-se a morte do jovem de 26 anos, que se mudou para o Quénia de Nairobi em 2019 para estudar moda, esteja relacionada com a sua sexualidade.

No mês passado, Edwin Chiloba tinha escrito no Instagram que ia "lutar por todas as pessoas marginalizadas".

As pessoas LGBT+ que vivem no Quénia frequentemente denunciam a discriminação e os ataques num país onde o sexo entre homens é ilegal e pode ser punido com pena de prisão até 14 anos.

No ano passado, o homicídio de Sheila Lumumba, pessoa não-binária e lésbica, deu início ao movimento #JusticeForSheila. Em 2021, foram assassinados também Joash Mosoti, activista LGBT, e Erica Chandra, mulher trans.

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