A Masmorra quer mostrar trabalhos de artistas LGBT e criar espaços queer em Ponta Delgada

A Masmorra está a desafiar artistas nacionais e internacionais, residentes em Portugal e da comunidade LGBTQIAP+, a mostrarem os melhores trabalhos em Ponta Delgada. O objectivo é a criação de espaços queer na ilha. Candidaturas abertas até 30 de Setembro.

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Masmorra quer criar espaços queer em Ponta Delgada Matthieu Comoy/Unsplash

No Verão de 2021, uma garagem no centro histórico de Ponta Delgada foi transformada e recebeu o nome de Masmorra, “espaço de experimentação artística destinado a promover a criação e produção artística” e contactos entre artistas na ilha de São Miguel, explica ao P3 a artista e responsável pelo projecto, Maria Novo.

Este ano, a plataforma lança uma open call a todos os artistas nacionais e internacionais residentes em Portugal da comunidade LGBTQIAP+ para mostrarem os melhores trabalhos. “Actualmente, a Masmorra quer potenciar a criação de espaços queer na ilha, vinculando a experiência da arte com causas sociais e ambientais”,​ lê-se no comunicado enviado ao P3 As candidaturas estão abertas até 30 de Setembro e são feitas através de um formulário online.

Os candidatos podem apresentar trabalhos – já finalizados ou em processo de desenvolvimento – de qualquer área artística. No final, serão escolhidas as dez melhores propostas, cinco das quais de artistas da ilha de São Miguel, incentivando, desta forma, a criação artística local.

Os trabalhos vencedores serão conhecidos a 3 de Outubro. A partir do dia 24 do mesmo mês, as residências Fast & Furious da iniciativa vão acolher dois artistas em simultâneo para promover a “partilha ideias e processos criativos mais amplos” entre artistas locais e não locais, revela o documento.

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Espaço Masmorra, em Ponta Delgada Inês Subtil

Cada artista terá uma bolsa no valor de 500 euros gerida consoante as necessidades de cada um, explica Maria. A iniciativa garante ainda alojamento na Casa Ateneu, em Ponta Delgada, transporte aéreo entre o espaço criativo e a residência e acompanhamento teórico e técnico, pode ler-se no regulamento.

No final de cada período de residência, que dura uma semana, os artistas são convidados a mostrar os trabalhos no espaço.

O projecto tem como parceiro a A(MAR) Açores Pela Diversidade, o primeiro centro de apoio à comunidade LGBTQIAP+ no arquipélago, e conta com a dinamização de conversas com a população local, “abrindo espaço para a discussão e sensibilização com um público alargado”, acrescenta o documento.

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