Remendar o caos

As revoluções terminam sempre mal, dizia o Deleuze, mas foram também elas que permitiram o progresso, apesar dos retrocessos sempre possíveis.

Numa entrevista televisiva de 1988 à sua amiga Claire Parnet, o filósofo Gilles Deleuze discorre sobre o facto de as revoluções terminarem sempre mal e defende que ser de esquerda é uma questão, não de deter uma bela alma, mas de perceção. Começar pelo horizonte. Preocupar-se em primeiro lugar pelo longínquo, pelo “mundo, a Europa, a França, a rua de Bizerte, eu”. Se procedermos ao contrário, começando por nós, basta sermos privilegiados para concentrarmos os nossos esforços na preservação desses privilégios.

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