Nove polícias mortos em atentado à bomba no Iraque

Autoridades responsabilizam o Daesh por mais um ataque que visa as forças de segurança iraquianas.

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O atentado não foi reivindicado por nenhum grupo armado, mas as autoridades responsabilizam o Daesh Reuters/Alaa Al-Marjani

Pelo menos nove agentes policiais iraquianos foram mortos este domingo na sequência de uma explosão seguida de um tiroteio perto da cidade de Kirkuk, a cerca de 300 quilómetros a norte de Bagdad.

Outros dois polícias ficaram feridos, de acordo com fontes citadas pela Reuters. A explosão ocorreu perto da aldeia de Safra, a 30 quilómetros de Kirkuk, numa região conhecida pela produção petrolífera.

Uma bomba foi accionada na estrada quando passava um camião que transportava um contingente policial. Após a explosão, seguiu-se um “ataque directo com armas de pequeno porte”, de acordo com uma fonte dos serviços de segurança citada pela AFP. Um dos autores do ataque foi morto.

O primeiro-ministro iraquiano, Mohammed Shia al-Sudani, enviou o comandante da polícia federal para o local onde ocorreu o atentado e ordenou a detenção dos “elementos terroristas” que o levaram a cabo.

O atentado não foi reivindicado por nenhum grupo armado, mas as autoridades responsabilizam o Daesh. Na quarta-feira, três soldados morreram quando uma bomba explodiu numa estrada perto de Bagdade, num ataque reivindicado pelo Daesh.

Apesar de ter chegado a controlar um território bastante vasto no Leste do Iraque, onde estabeleceu um “califado”, o Daesh tem sofrido várias derrotas desde 2017, mas mantém-se como uma das principais ameaças à segurança do país.

Calcula-se que o grupo extremista tenha actualmente entre seis mil e dez mil combatentes na Síria e no Iraque, sobretudo em zonas rurais a partir de onde podem realizar emboscadas e atentados à bomba.

Em Julho, as Nações Unidas alertaram que o Daesh, apesar de ter sofrido “perdas significativas em termos de liderança”, continua a conseguir “aproveitar as lacunas de segurança e as condições que permitem a propagação do terrorismo para recrutar e para organizar e executar ataques complexos”.

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