Santander multado em 125 milhões no Reino Unido

Banco reconheceu “deficiências” nos sistemas de controlo de branqueamento de capitais, o que lhe garantiu um desconto de 30% na multa inicial.

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Grupo Santander, liderado por Ana Botín, condenado em multa milionário no Reino Unido Reuters/JUAN MEDINA

A filial do Santander no Reino Unido foi multada em 107,8 milhões de libras (perto de 125 milhões de euros, ao câmbio actual) pela Autoridade para a Conduta Financeira (FCA, na sigla em inglesa), por deficiências na prevenção do branqueamento de capitais. A colaboração da instituição na avaliação dos procedimentos internos garantiu-lhe um desconto de 30% na multa inicial.

As falhas detectadas referem-se ao período de 31 de Dezembro de 2012 a 18 de Outubro de 2017, e envolvem especialmente grandes clientes empresariais.

“Entre 31 de Dezembro de 2012 e 18 de Outubro de 2017, o Santander falhou em monitorizar e gerir adequadamente os seus sistemas de prevenção de branqueamento de capitais, o que teve impacto significativo na monitorização de contas de mais de 560 mil clientes empresariais”, avançou a FCA.

A autoridade de supervisão bancária inglesa, que já aplicou multas a outras entidades por falhas semelhantes, citou o caso de uma pequena empresa de traduções que abriu uma conta na instituição, para depósitos mensais previstos de 5000 libras esterlinas, mas que seis meses depois estava a receber milhões de libras em depósitos. E apesar do alerta interno para a situação suspeita ter sido dado em Março de 2014, o encerramento efectivo só aconteceu em Setembro de 2015.

Na investigação, a FCA identificou depósitos de origem duvidosa no montante de 298 milhões de libras (mais de 345 milhões de euros, ao câmbio actual), antes de as contas serem encerradas.

De acordo com aquela entidade, a filial britânica do grupo espanhol não possuía sistemas eficazes para verificar a informação dada pelos clientes sobre os negócios que realizavam.

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