Óbidos: da ficção à realidade

Eram lugares sem grandes atractivos. Em boa hora houve quem acreditasse na mudança. Foi assim com Nazaré, Comporta, São João da Madeira, Paredes de Coura e Óbidos, que se tornou numa vila literária.

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José Pinho, fundador e coordenador da Vila Literária de Óbidos e do festival FOLIO – Festival Literário Internacional de Óbidos. Óbidos. Público

Quando teve de fechar as portas daquela que tinha sido a casa da Artes e Letras, no Largo da Misericórdia, em Lisboa, durante 26 anos, Luís Gomes sabia que o negócio não podia morrer assim — quem gosta de livros não se contenta com um fim triste e simplório. Há três anos, mudou-se para as cercanias de Óbidos e reabriu a livraria na vila, para continuar a escrever a história da casa. Fora dos eixos principais, é preciso ir de propósito, mas não se dão os passos por perdidos: no número 16 da Rua da Porta da Vila, numa antiga adega centenária, o cheiro dos livros antigos e do vinho misturam-se num blend perfeito, a que se junta o ateliê tipográfico de Inês Caria, onde se usam as máquinas com que antigamente se faziam livros e o que se produz agora é feito artesanalmente.

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