Fábrica Braço de Prata recebe A Poesia como Mãe de todas as Artes

Este sábado, a partir das 15h, a poesia é o mote para um encontro de várias artes na Fábrica Braço de Prata, em Lisboa.

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Interior da Fábrica Braço de Prata, em Lisboa NUNO FERREIRA SANTOS

A frase que a descreve já diz quase tudo: “Não é um evento, é um movimento.” É assim que a Poesia Vadia, movimento nascido em Outubro de 2020 (durante a pandemia da covid-19), se apresenta, sob o mote “A poesia ainda pode salvar o Mundo”. Sendo parte de um movimento maior, com vários grupos que dinamizam encontros de poesia pelo país, na Poesia Vadia estão vários autores que já vimos associados, por exemplo, aos encontros Poemacto (como Solange Pacífico, Isaac Jaló ou Patrícia Nogueira).

Aos encontros mensais que têm vindo a promover junta-se, este sábado, mais um, por iniciativa de Acílio Gala, jovem poeta lisboeta que coordena o movimento Poesia Vadia. É na Fábrica Braço de Prata, em Lisboa, e na convocatória lê-se esta espécie de manifesto: “Na Poesia encontramos a razão do ser, é nela que se trabalha a raiz da palavra, é na Poesia que se trabalha a origem da Linguagem; e o que é a Linguagem senão a transcendência primeira do nosso Mundo para o dos que nos rodeiam? Assim, apresentamos a Poesia como Mãe de todas as Artes, não ganhando essa um lugar de privilégio comparativamente a outro tipo de arte, mas sim pelo contrário, abrindo portas a essas, convidando as pessoas a mergulharem num mundo íntimo de reflexão e questionamento, levando-as a habitarem a Arte e consequentemente a habitarem-se.”

Entre as 15h e as duas da madrugada, haverá diversas actividades nas várias salas. Às 16h, recebidos os convidados, há dois concertos consecutivos, ambos na Sala Foucault: violoncelo barroco, com Inês Esteves, e, às 16h30, Masena. Na mesma sala, das 19h às 20h30, haverá um debate de colectivos de poesia, sob o tema “que futuro da poesia em Lisboa”, moderados por Luha e João Inecco. Noutros espaços, haverá sessão de poesia e microfone aberto, dança (Luana Ilídia) e canto (Nastasja). De novo na Sala Foucault, das 22h às 22h45 há performance poética (Acílio + Johhny) e música (Mbey Ebrima), fechando com, a partir da 1h, um DJ set com Catxyy e Umafricana - Sandra Baldé.

No comunicado onde anunciam este encontro de poesia, música e artes plásticas, os promotores falam ainda na criação de uma plataforma que possa abrir portas a outros projectos artísticos: “É assim neste traçar de caminho, que procuramos continuar a abrir portas a artistas emergentes das mais variadas áreas, criando muitas vezes uma plataforma de projecção dos trabalhos dos e das artistas. É também nesta linha de pensamento, que nasce o evento A Poesia como mãe de todas as Artes: criar uma plataforma de partilha de conhecimento e abrir eventuais portas a projectos artísticos.”

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