Um Fado à portuguesa com assinatura de O Marta, um dos fundadores dos Bang Avenue

Como Guilherme Marta, já o ouvimos nos extintos Blazerdog e nos ainda vivos e activos Bang Avenue. Até que, em 2021, resolveu criar um projecto a solo, intitulado O Marta, e com ele já lançou dois singles com videoclipes, Quando o corpo não te convém (em Outubro de 2021) e A mulher beirã (em Fevereiro de 2022). Agora estreia um novo, a que deu o título de Fado à portuguesa, para “satirizar o quotidiano do povo português em pleno século XXI”. Com letra, música e produção de Guilherme Marta (voz, guitarra eléctrica e guitarra portuguesa), o tema conta ainda com Francisca Tadeu (flauta e coros), Pedro Novo (baixo), Gonçalo Cabral (bateria e percussões) e Leonardo Patrício (sintetizadores). A mistura e gravação é de João Brandão, a masterização de Leonardo Patrício e o videoclipe tem realização e edição de Diogo Pontes. A letra reza assim: “Oioai que dor que é ser português/ Cantar sem sofrer não pode ser fado/ Oioai que dor que é ser português/ Reclamar sem mexer as costas do sofá// Porque é que estás aí a reclamar com a guitarra na mão/ Só dás três acordes e já te achas um campeão/ A minha voz está presente porque quero,/ Quero transmitir/ A minha vontade é mudar a tristeza que há neste país// Se eu quisesse ficar calado,/ Estava bem sentado/ A ver a selecção”

Nascido em Viseu, Guilherme Marta iniciou aí os estudos musicais a aprendeu piano no conservatório de música local. Aos 14 anos fundou uma banda de covers e depois, já com originais, fundou os Blazerdog, banda que em 2015 correu palcos pelas Beiras e em 2016 lançou um single (Gentle cry) antes de se extinguir. Mais tarde, formou com Leonardo Patrício um duo, Bang Avenue, que desde 2019 tem lançado canções em EP e vários singles, entre os quais A girl called depression, Forever together e Lose to fear, até se estrear em álbum em 2022, com Bang Avenue. O mesmo ano em que Guilherme, após dois anos na ESMAE (em Produção e Tecnologias da Música), resolveu lançar o projecto a solo O Marta, procurando, conforme se diz no texto que acompanha este seu single, “criar uma mistura sonora de ritmos típicos de Portugal, com harmonias vocais polifónicas que relembram não só os cantares portugueses, como os do leste europeu, sempre unidos num alicerce que explora em detalhe a linguagem do indie-pop/rock.”