PSD acusa Costa de querer “poucochinho” do processo de revisão constitucional

Luís Montenegro diz que preocupação do primeiro-ministro devia ser cumprir promessa de baixar custo das portagens.

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Luís Montenegro, líder do PSD LUSA/MANUEL FERNANDO ARAÚJO

O presidente do PSD afirmou no sábado à noite que o primeiro-ministro “devia estar preocupado” em cumprir a promessa de baixar o custo das portagens e acusou António Costa de querer “poucochinho” do processo de revisão constitucional.

“Ele devia estar apenas preocupado em cumprir a promessa que fez na campanha eleitoral, em 2015, de diminuir em 50% o custo das portagens”, afirmou Luís Montenegro, em Penafiel, no distrito do Porto, onde marcou presença na tomada de posse dos órgãos da distrital do partido.

No sábado, o primeiro-ministro afirmou que “nada” justificaria que as portagens subissem 10% no mês de janeiro.

Sobre a revisão constitucional, o líder social-democrata acusou António Costa de querer “tão poucochinho” com aquele processo.

“Nos últimos tempos em que se cruzou com a Constituição da República, [António Costa] quer resolver a questão dos metadados e quer resolver as regras em volta do estado de emergência por razões sanitárias. Tão poucochinho o doutor António Costa”, criticou Luís Montenegro.

O líder social-democrata questionou o primeiro-ministro e o PS sobre “se querem ou não querem estudar uma forma de introduzir em Portugal o voto electrónico” e se estão de “acordo ou não em criar um conselho da coesão territorial e intergeracional”.

Montenegro quer também saber se António Costa “quer ou não continuar com o regime de nomeação do procurador-geral da República, do presidente do Tribunal de Contas, do governador do Banco de Portugal”, ou se lhes quer dar “mais independência”, em vez de estarem dependentes de “proposta do Governo”.

Outra questão deixada pelo líder do PSD foi se o primeiro-ministro “quer ou não quer” na saúde, na habitação e na educação que “a oferta de serviço público seja desempenhada pelos serviços do Estado, em complementaridade com o setor social e o setor privado”.

“Ou quer insistir que tudo isto tem de estar na esfera do Estado, que é aquilo que tem feito nos últimos anos. E é por isso que nós hoje temos os piores serviços públicos de que há memória em Portugal”, disse, deixando um aviso: “Se António Costa e o Partido Socialista pensam que nós apresentamos este projeto [de revisão constitucional] só para cumprir calendário, vão ter de se confrontar com todas estas propostas”.

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