Ministra anuncia aumento de 10% das bolsas do ensino superior em 2022

Bolsas de estudo terão também uma majoração de 5% nos complementos dos alunos deslocados, havendo ainda um acréscimo de 50% nas bolsas dos estudantes carenciados que façam Erasmus.

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Mais de 41 mil alunos do ensino superior já têm bolsa atribuída, diz a ministra da tutela Nelson Garrido

A ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior anunciou esta segunda-feira que o Governo vai aumentar em 10% o valor das bolsas para estudantes do ensino superior, uma medida extraordinária em vigor em 2022.

A medida foi anunciada por Elvira Fortunato, que está a ser ouvida pelas comissões parlamentares de Orçamento e Finanças e de Educação e Ciência, no âmbito da discussão em especialidade do Orçamento do Estado para 2023.

Além do aumento de 10% para todos os bolseiros, as bolsas de estudo terão também uma majoração de 5% nos complementos atribuídos aos alunos deslocados, havendo ainda um acréscimo de 50% nas bolsas dos estudantes carenciados que façam Erasmus.

“Esta medida, que vigorará extraordinariamente neste ano lectivo, permitirá que todos os estudantes bolseiros tenham a sua bolsa aumentada acima das previsões de inflação existentes, garantindo-se assim que, no mínimo, se mantém o valor real do apoio social que é concedido”, afirmou a ministra, sem precisar a partir de quando entra em vigor o aumento.

Elvira Fortunato esclareceu ainda que os aumentos agora anunciados complementam as medidas de reforço dos apoios sociais anunciadas em Agosto e que entraram em vigor no início do ano lectivo, como o alargamento do limiar de elegibilidade e a atribuição automática de bolsa aos alunos dos 1.º, 2.º e 3.º escalões de abono de família. E recordou que mais de 41 mil alunos do ensino superior já têm bolsa atribuída, quase metade da totalidade dos pedidos submetidos até ao momento, sendo que a maioria já foi paga.

De acordo com a governante, é o número mais elevado de sempre, quer de pedidos decididos, quer de bolsas pagas. “Mas estamos bem cientes que essa estabilidade não exige apenas rapidez na atribuição de bolsas. Exige também montantes de bolsas adequados a ajudar os estudantes a combater os efeitos da carestia de vida e a compensar o efeito da inflação na perda do seu poder de compra”, sublinhou.

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