À procura das chaves da infância

Terreno Selvagem 2: o dramaturgo Miguel Castro Caldas e os actores Pedro Gil e Raquel Castro acrescentam segundo capítulo à tentativa de chegar à infância pela via do teatro.

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Estelle Valente

O espaço é o mesmo do primeiro Terreno Selvagem. Uma divisão que é tanto cozinha com mesa de refeições, quanto sala de estar com sofá alinhado com um ecrã de televisão. É a casa de uma qualquer família que cresceu e já não se faz apenas de um casal livre para viver de acordo com os seus próprios horários (de trabalho ou de lazer), um casal que deixou de estar disponível para saltar etapas no mapa de refeições diárias, e que já não está a salvo de ver os seus compromissos profissionais (e muitas vezes precários, já agora) colocados em perigo por uma febre ou indisposição matinal de um pequeno ser sem autonomia. Era por aí que começava Terreno Selvagem e é por aí que começa agora Terreno Selvagem 2 (no Teatro São Luiz, Lisboa, até 13 de Novembro), regresso dos actores Pedro Gil e Raquel Castro, e do dramaturgo Miguel Castro Caldas a esse lugar pantanoso e quase insondável para os adultos chamado infância.

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