Aeroporto de Lisboa teve mais 151 voos nocturnos na primeira semana de excepção

Dados da NAV Portugal mostram que a noite com mais acréscimo de voos foi a 20 de Outubro, com 31 movimentos. Total ficou abaixo dos 168 permitidos para a primeira semana de alterações.

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NAV diz que o novo sistema de gestão de tráfego aéreo permite reforçar a segurança Nelson Garrido

Entre os dias 18 e 23 de Outubro houve mais 151 voos de aviões no aeroporto de Lisboa durante o período nocturno, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pela NAV – Portugal, a entidade pública responsável pela gestão do espaço aéreo. Este número fica um pouco abaixo dos 168 que estavam excepcionalmente permitidos no período em análise, entre a meia-noite e as duas da manhã e entre as cinco e as seis da manhã.

A noite com menor incremento face aos voos nocturnos que já se realizavam antes foi a primeira, com mais seis movimentos no dia 18, enquanto a que teve maior incremento foi a de dia 20, com mais 31 movimentos.

Ao todo, segundo a portaria publicada pelo Governo e ligada às mudanças em curso no sistema de controlo aéreo que forçam alterações no maior aeroporto nacional, foram autorizados mais 424 voos nocturnos face ao número actual, entre os dias 18 de Outubro e 28 de Novembro. Depois da primeira semana, que tinha um máximo de mais 168 movimentos, o número vai descer em cada uma das semanas seguintes, para 86, 75, 45, 30 e 20 voos, no horário entre a meia-noite e as duas da manhã, e entre as cinco e as seis da manhã. A NAV refere ainda que entre os dias 18 e 23 de Outubro “foram registados 11 voos de operação não regular entre as 2h00 e as 5h00”.

No comunicado hoje emitido, a NAV sublinha que o novo sistema de gestão de tráfego aéreo, denominado de TOPSKY, permite “reforçar a segurança “, “tornar as rotas mais expeditas” e “gerir os fluxos de tráfego de forma optimizada com mais recursos integrados de sequenciamento do tráfego com mais tecnologia, recuperar atrasos na operação e assim contribuir para poupar combustível e reduzir a pegada de carbono”.

A empresa refere ter “consciência dos transtornos” que a instalação do novo sistema “poderá causar à população que habita junto ao aeroporto Humberto Delgado”. “Tudo temos feito até agora, e continuaremos a fazer até ao dia 28 de Novembro, para minimizar qualquer perturbação que esta imprescindível transição possa acrescentar para além daquelas que decorrem da operação normal, como o mau tempo que se fez sentir desde dia 18 de Outubro em Portugal e na Europa, bem como greves de alguns operadores (França) e outras disrupções não imputadas ao centro de controlo de tráfego aéreo de Lisboa ou ao novo sistema”, refere a NAV .

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