Hong Kong: empresário e activista Jimmy Lai declarado culpado de fraude

Justiça da região administrativa especial chinesa diz que o magnata dos media de forma “deliberada”, a actividade de uma outra empresa nos escritórios do jornal Apple Daily.

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Jimmy Lai, magnata dos media Nicky Loh/Reuters

O magnata dos media e activista político pró-democracia de Hong Kong Jimmy Lai, detido em 2020 por ter participado nos protestos de 2018 e de 2019 na região administrativa especial chinesa, foi declarado culpado, esta terça-feira, por ter defraudado uma empresa do governo, numa operação não autorizada de arrendamento de escritórios para o seu jornal Apple Daily, entretanto extinto.

O tribunal que julgou o caso diz que Lai e Wong Wai Keung – director administrativo da Next Digital, a empresa que detinha o jornal – ocultaram, de forma “deliberada”, a participação de uma empresa de consultoria na operação em causa, informa o South China Morning Post.

Lai, de 74 anos, já tinha sido julgado e condenado, no início do ano, por outras duas suspeitas de fraude, depois de ter sido acusado de encobrimento das operações da empresa Dico Consultants na sede do Apple Daily, no bairro de Tseung Kwan O, e de incumprimento, durante mais de duas décadas, das condições de arrendamento das suas propriedades.

O contrato de arrendamento estabelecia que os escritórios do jornal seriam utilizados unicamente para a “publicação e impressão de jornais e de revistas”.

Mas, segundo o tribunal do território semi-autónomo, também serviram para as empresas de consultoria de Lai levarem a cabo a sua actividade e gerirem os negócios do empresário, sem o conhecimento ou as licenças exigidas pela empresa pública proprietária do espaço.

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