A prisão e a liberdade de expressão

Eloïse esclareceu que o seu objectivo era sensibilizar e não cometer o delito de exposição sexual, como era prática das activistas do Femen, que aparecem em topless a fim de transformarem a imagem das mulheres como objectos sexuais numa mensagem política.

Eloïse Bouton era uma militante do movimento Femen, uma organização internacional de direitos da mulher criada na Ucrânia, conhecida pelas acções provocatórias das suas activistas, que se manifestam em topless visando combater a imagem das mulheres como objectos sexuais. Em 20 de Dezembro de 2013, no âmbito de uma acção internacional organizada pelo Femen para criticar a posição da Igreja sobre a interrupção voluntária da gravidez, Eloïse Bouton, na Igreja da Madeleine em Paris, colocou-se de pé em frente ao altar com um véu na cabeça, o peito nu, de braços abertos e com o corpo coberto de slogans, imitando um aborto usando um pedaço de fígado de vaca. Fê-lo em silêncio, não interrompendo qualquer serviço religioso e abandonou o local logo que o pároco lhe solicitou que saísse. Estavam cerca de dez jornalistas no local, que cobriram o acontecimento e o divulgaram.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar