Luísa Lopes. Porque é que o nosso cérebro envelhece? Como evitá-lo?

O podcast 45 Graus é um dos parceiros da Rede PÚBLICO. Neste episódio, José Maria Pimentel conversa com a neurocientista Luísa Lopes.

Neste episódio do podcast 45 Graus, a convidada é a neurocientista Luísa Lopes, que se dedica ao estudo dos mecanismos que causam o envelhecimento cognitivo precoce, em particular ao nível da memória. É actualmente coordenadora do grupo de investigação em Neurobiologia do Envelhecimento e Doença no Instituto de Medicina Molecular (IMM), em Lisboa, e docente da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

Com a idade, vamos perdendo gradualmente capacidade cognitiva, desde a memória à capacidade de aprender coisas novas. Mas a experiência diz-nos também que existe muita variabilidade entre as pessoas: há quem numa idade avançada mantenha grande acuidade intelectual e continue até a trabalhar, mesmo em trabalhos criativos e desafiantes; mas também, no sentido contrário, pessoas em que o envelhecimento cognitivo é acelerado e surge prematuramente, por norma associado a doenças neurodegenerativas.

Porque é que o nosso cérebro envelhece? É simplesmente uma consequência do envelhecimento geral do corpo? Será possível evitar sermos assolados por doenças de envelhecimento cognitivo prematuro e, além disso, abrandar o mais possível o envelhecimento natural? Foram estas algumas das perguntas colocadas à convidada deste episódio, a neurocientista Luísa Lopes.

A conversa é lançada a falar sobre o que acontece ao certo no nosso corpo (e no cérebro em particular) que causa a diminuição de funções cognitivas. Fala-se dos neurónios, as células fundamentais do cérebro; de dendrites, o imenso conjunto de ramos que liga um neurónio a outros neurónios; e ainda de sinapses, a ponta desses ramos, onde ocorre a transferência de informação para o outro neurónio.

Luísa Lopes explica o que distingue as doenças neurodegenerativas do envelhecimento normal e os tratamentos que existem, assim como as limitações destes.

Existem também hábitos que podem ajudar a retardar esse processo, tais como dormir bem, fazer exercício, comer bem, manter a mente activa e - o que talvez seja menos óbvio - socializar.

Mas algumas destas actividades não só dão trabalho como apenas servem para adiar o problema: há alguma forma de reverter o envelhecimento? No final da conversa, a neurocientista fala sobre alguns tratamentos revolucionários (mas também ainda pouco certos e com algumas barreiras éticas, como normalmente acontece), como as experiências recentes feitas com ratos em que se fez a transfusão de sangue de um animal novo para um velho, conseguindo com isso reverter o envelhecimento cognitivo.


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