A Lei da Memória e a maçonaria

Espanha faz história e inclui os maçons entre as vítimas da repressão franquista. De um lado e do outro da fronteira, perseguindo e proibindo, Franco e Salazar partilhavam um ódio comum à maçonaria.

Foi em Março de 2021 que, neste mesmo jornal, assinei um artigo intitulado A Maçonaria e os novos Cabrais, criticando a decisão do Parlamento português de obrigar os deputados a declararem a sua pertença à maçonaria. Escrevi então que, pelos seus valores em torno da liberdade, da fraternidade, da tolerância e da solidariedade, “a Maçonaria foi perseguida e encarcerada pelos déspotas e pelos tiranos. Por Salazar, Franco, Mussolini e particularmente por Hitler, o qual assassinou, estima-se, mais de 200.000 maçons” e que “só os fracos e os covardes perseguiram a maçonaria durante a história, alegando sempre perigos inventados para destruir o direito a uma opção filosófica de vida. Um homem pode ter um partido, um clube de futebol, uma tendência sexual e jamais ser incomodado por isso. Mas não pode ser maçom sem lhe ser exigido que se apresente publicamente nessa condição, como se se tratasse de um marginal ou de um portador de uma doença contagiosa”.

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