As saudades da vindima e os vinhos da ilha do Fogo

Vim para descansar e desfrutar da mesma morabeza que revelam os reformados felizes que passam os fins das manhãs em banhos na praia de Quebra Canela, mas bastou dar de caras com um branco do Fogo para querer ir conhecer a ilha e os seus vinhedos rasteiros e vulcânicos.

Foto
Vinhas na ilha do Fogo, em Cabo Verde HUGO DELGADO

Colhidas as últimas uvas, e com o derradeiro lote, da casta Sousão, ainda por fermentar, fugi às saudades da vindima e fui para Cabo Verde tomar banhos de mar, ouvir mornas e coladeras, beber cerveja Strela e acrescentar mais uma página ao meu passado. Sim, o futuro não passa de uma possibilidade e de um desejo e o presente não é mais do que nada. Tudo o que acontece, em pensamento ou acção, é logo passado. Passamos a vida a somar recordações; e se a vida é longa, ainda corremos o risco de acabar esquecendo tudo.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 1 comentários