Com o Urtiga, a Ramos Pinto projecta-se para a estratosfera

Primeiro, um vinho de uma quinta, o Ervamoira, agora um vinho de uma vinha, a Urtiga, no perímetro do Bom Retiro. São 12.500 pés com mais de 100 anos, plantados em terraços com mais de 200. E 3100 garrafas de um vinho soberbo, com o qual a Ramos Pinto se quer projectar para o primeiro plano dos tintos nacionais.

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O Urtiga 2018 nasce na vinha homónima, no perímetro do Bom Retiro. RAIO VERDE

Algures na década de 1960 ou 70, um dos académicos franceses que regularmente José António Rosas convidava para discutir o futuro da viticultura do Douro olhou para a vinha da Urtiga e sugeriu-lhe que a salvasse da mecanização, transformando-a “num museu”. José António Rosas tinha a alma poética e sonhadora que o levou a criar Ervamoira ou a acompanhar-se na sala de provas da Ramos Pinto com um pássaro no ombro, mas era igualmente um espírito científico que fez microvinificações e outros estudos em série para determinar as castas eleitas do vale ou, na companhia do sobrinho João Nicolau de Almeida, abriu novos caminhos para a mecanização com as “vinhas ao alto”. A transformação da Urtiga “num museu” teve de esperar pelo filho, Jorge Rosas, que hoje está à frente dos destinos da empresa.

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