O centro desapareceu, a esquerda acantonou-se e a direita está mais dinâmica do que nunca desde o 25 de Abril

O argumento de que há uma “hegemonia cultural da esquerda” tem uma função vitimizadora mas é uma completa falsidade. Já teve, em muitos casos parece que tem, mas está longe de ter.

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O facto de eu não conseguir escrever sem usar classificações que me parecem pobres - esquerda, centro, direita - não as torna ricas. Penso há muito que elas transportam várias ambiguidades e acima de tudo não são heurísticas, o seu uso não permite obter grandes resultados críticos. Mas estas classificações têm a seu favor dois factores poderosos que as tornam difíceis de evitar: uma forte componente tradicional, de memória intelectual e sentimental, e servem magnificamente para um tempo de simplificações e radicalizações, facilitam a conversação mesmo com o custo da complexidade. Tentemos construir alguma complexidade a jusante.

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