Palcos da semana

Cristina Branco no Porto com Fado em Movimento, The Gift a mergulhar num Coral em Leiria, Terra na Trienal de Arquitectura de Lisboa, a fotografia de Margaret Watkins em Cascais e Coimbra com a Escola da Noite Aqui, Onde Acaba a Estrada.

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Os The Gift iniciam em Leiria a digressão motivada por Coral DR
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Multiplicidade é uma das quatro exposições centrais da Trienal de Arquitectura de Lisboa Sameer Chawda
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Cristina Branco estreia o espectáculo Fado em Movimento na Casa da Música Joana Linda
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Cascais inaugura a primeira exposição de fotografias de Margaret Watkins em Portugal Margaret Watkins
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A Escola da Noite estreia Aqui, Onde Acaba a Estrada?, uma peça sobre migrações forçadas Eduardo Pinto

The Gift, versão Coral

Depois do Verão de 2019, os The Gift mergulham num Coral. O novo trabalho, décimo da banda de Alcobaça, acaba de ser lançado na Rev – a app/plataforma onde concentram a sua música e muitos outros conteúdos – e prepara-se agora para ver a luz dos palcos.

Num registo anunciado como “fora do universo estético habitual” e pautado por “uma electrónica ora crua e intensa, ora subtil”, traz um conceito e movimento específico. Abre num adágio, fecha em andantino e assenta na ligação às 48 vozes do coro austríaco com que gravaram em Viena – e que prometem replicar na digressão que agora iniciam.

O disco teve outros colaboradores, desde o compositor Bernat Vivancos até ao produtor Bogdan Raczynski (que trabalhou com Björk, por exemplo), passando pelo maestro Michał Juraszek, pelos Pauliteiros de Miranda ou por membros dos Gaiteiros de Lisboa.

Coral faz-se à estrada em Leiria, primeira paragem de um périplo que, até ao final do ano, andará por Alcobaça, Faro, Albergaria-a-Velha, Castelo Branco, Coimbra, Porto, Lisboa, Bragança e Portalegre.

Cidades-organismo pela Terra

No MAAT - Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia, a palavra de ordem é Retroactivar soluções para “territórios quebrados e marginalizados”. Na Garagem Sul do Centro Cultural de Belém, Ciclos reflecte sobre “o interminável processo de transformação e redistribuição da matéria”. Na Culturgest, instalam-se respostas Visionárias à pergunta “como podem as visões radicais transformar-se na nova norma?” O MNAC - Museu de Arte Contemporânea do Chiado exibe uma Multiplicidade de propostas para cidades em expansão.

Estas quatro exposições estão no núcleo da Terra, o tema da sexta edição da Trienal de Arquitectura de Lisboa. Apoiada num “apelo para agir face às (alter)acções climáticas, escassez de recursos e desigualdades” e apostada na “mudança do paradigma de cidades-máquina para cidades-organismo”, tem curadoria-geral de Cristina Veríssimo e Diogo Burnay.

Os seus efeitos vão fazer-se sentir até Dezembro, com um programa feito também de prémios, lançamentos de livros, apresentações de projectos, um ciclo de conferências, acções educativas, visitas guiadas, workshops e outras actividades.

Fado de Branco em movimento

A bordo de uma extensa digressão internacional movida pelos 25 anos de carreira, Cristina Branco pára no Porto para pôr o Fado em Movimento. Dona de um currículo que sempre testemunhou a necessidade de se reinventar e ir ao encontro de várias linguagens para além do fado, a cantora surge aqui ao lado do guitarrista Bernardo Couto e do ensemble de cordas Des Équilibres.

O novo espectáculo é preenchido por peças inéditas das compositoras Florentine Mulsant e Fátima Fonte, harmonizadas com textos de Gonçalo M. Tavares, e faz parte da Temporada Cruzada França-Portugal.

Watkins em Black Light

É inaugurada hoje Black Light, a primeira exposição em Portugal dedicada à canadiana Margaret Watkins (1884-1969). O seu trabalho, apesar de descoberto tardiamente, seria reconhecido pelo pioneirismo, dada “a sua capacidade de antecipar as grandes revoluções estéticas e conceptuais que viriam depois”, sublinha a curadora, Anne Morin.

Estão reunidas 136 fotografias e fotomontagens exemplares do estilo modernista, lado a lado com documentos, objectos (incluindo uma câmara de época) e um documentário, num conjunto revelador do “diálogo incessante entre arte e vida doméstica, fundindo tema e objecto (...) tanto no trabalho pessoal quanto nos trabalhos publicitários”, acrescenta Morin.

Longa se torna a estrada

O que acontece Aqui, Onde Acaba a Estrada? Uma peça que, embora não tenha tempo nem espaço definidos, é facilmente reconhecível naquilo que representa do drama das grandes migrações forçadas.

Depois de um longo calvário de fuga, em que foi arrastando os seus pertences e cultura, uma família alcança, finalmente, o portão que promete abrir-se para uma vida melhor. Mas a entrada não vem sem condições. Igor Lebreaud, o mais jovem actor da Escola da Noite, encena e assina o texto da nova peça da companhia.

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