Portugal reduziu 4,8% das emissões de gases com efeito de estufa em 2021

O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, fez o balanço de 2021 concluindo que “no ano em que o nosso Produto Interno Bruto cresceu 4,9%, diminuímos praticamente na mesma proporção os gases com efeito de estufa”

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O ministro do Ambiente esteve esta sexta-feira no lançamento do Pacto do Porto para o Clima LUSA/RODRIGO ANTUNES

O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, anunciou esta sexta-feira que, em 2021, Portugal reduziu 4,8% das emissões de gases com efeito de estufa comparativamente ao ano anterior, defendendo que tal demonstra que “não é preciso poluir para crescer economicamente”.

“A estimativa da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para 2021, que quero revelar em primeira mão, mostra que reduzimos as nossas emissões de gases com efeito de estufa em 4,8% face ao ano anterior. No ano em que o nosso Produto Interno Bruto cresceu 4,9%, diminuímos praticamente na mesma proporção os gases com efeito de estufa”, afirmou Duarte Cordeiro, durante o lançamento do Pacto do Porto para o Clima.

Defendendo que “está feita a prova dos nove”, o ministro do Ambiente e da Acção Climática salientou que a redução demonstra que “para crescer economicamente não é preciso poluir”, e que “basta fazê-lo com sentido de pertença de comunidade, inovação e responsabilidade ambiental”.

Aos presentes no lançamento da iniciativa do Pacto do Porto para o Clima, Duarte Cordeiro assegurou que o ambiente é actualmente o “motor do desenvolvimento”, ao desempenhar um papel central na governação e criação de políticas “mais maduras”.

Lembrando que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) consagra uma dotação de 39% para objectivos de transição climática, o ministro do Ambiente realçou que, face à crise energética, “ambiente hoje significa soberania e liberdade”.

A descarbonização da economia, a reutilização de águas residuais e a redução das perdas de água foram algumas das medidas elencadas pelo ministro e que estão ou vão ser postas em prática pelo Governo para que o país consiga alcançar os objectivos de sustentabilidade ambiental e também de neutralidade carbónica com que se comprometeu.

“O caminho é exigente e convoca uma acção colectiva”, salientou Duarte Cordeiro, adiantando que a tutela quer ser “parceira” das autarquias.

“Vamos retribuir às autarquias, através do Fundo Ambiental, criando um incentivo específico de 13.500 euros por cada megavolt-ampere instalado nos municípios para, desta forma, partilharmos este incentivo de alargar a capacidade solar no nosso país”, acrescentou.

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