Enviar armas à Ucrânia é “moralmente aceitável” se for para defesa, diz Papa Francisco

O Papa Francisco apontou, no entanto, que o envio de armamento é “imoral se a intenção é provocar mais guerra”.

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O Papa Francisco falou aos repórteres durante uma conferência a bordo do avião papal no voo de regresso a Roma depois de visitar o Cazaquistão Reuters/POOL

O Papa Francisco afirmou esta quinta-feira que é “moralmente aceitável” que os países enviem armas à Ucrânia para ajudar o país a defender-se da agressão russa.

A informação foi avançada durante uma conferência de imprensa a bordo do avião que marca o regresso de uma viagem de três dias ao Cazaquistão. Francisco explicou que a decisão não deixa de ser política, mas acrescentou que pode ser moralmente legítima se o objectivo for a autodefesa contra uma nação agressora, escreve a Reuters.

“A autodefesa não é apenas lícita, mas também uma expressão de amor pela pátria. Alguém que não se defende a si próprio, que não defende algo, não o ama. Quem defende (algo) ama-o”, declarou.

Por outro lado, apontou que o envio de armamento é “imoral se a intenção é provocar mais guerra”, vender armas ou enviá-las para um país que não precisa.

O Papa declarou ainda que a Ucrânia não deve excluir o diálogo com a Rússia, mesmo que prefira não o fazer. “Por vezes, eles [o agressor] não aceitam o diálogo. Que pena. Mas o diálogo deve ser sempre levado a cabo, ou pelo menos oferecido. E isto faz bem àqueles que o oferecem”, concluiu.

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