Mais um clássico, mais uma volta

Quando August Strindberg (1849-1912) escreveu um dos seus mais notáveis trabalhos, estava decerto longe de saber que o futuro da sua obra seria duradouro e uma influência para muitos dramaturgos: Finalmente Menino Júlio, uma comédia inteligente e um espectáculo tão agradável quão estimulante.

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Texto e encenação de Joana Cotrim, com a colaboração estreita de Marta Sousa Ribeiro e Pedro Sousa Loureir dr
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Joana Cotrim e Pedro Sousa Loureiro na interpretação dr

No princípio era uma tragédia sobre uma certa noite de São João, um determinado bailarico e um amor desejado mas proibido, quer pelas convenções sociais, quer pela diferença de classe dos amantes: a menina da família oportunamente ausente e o seu criado particularmente sedutor e atraente. Uma subversão das regras da sociedade, portanto, pois tudo isto foi escrito e encenado lá pelos idos do final do século XIX. Porém, um clássico é um clássico, e, como é próprio da sua condição, aberto a interpretações, adaptações, revisões e, claro, a partir de determinada altura, desconstruções que podem fazer do original uma obra, pelo menos, ligeiramente diferente. Por exemplo: invertendo o género das personagens como início do processo de transformação da tragédia em comédia. Assim, Menina Júlia tornou-se Finalmente Menino Júlio.

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