Sonhos, homenagens, sátira, crítica feroz: a música que Isabel II inspirou

Sete décadas de reinado, setenta anos em que Isabel II foi também, inevitavelmente, dada a sua posição e a instituição que representava, personagem versejada na música popular urbana. Uma playlist dedicada a Isabel II engloba muitos sons e muitas vozes: calypso, folk, punk, rock, pop, reggae.

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Em 1977, os Sex Pistols ofereciam um hino alternativo à deprimida Inglaterra, com Isabel II como protagonista DR

Em 1953, Young Tiger cantou o relato da coroação em ritmo calypso, vinte e quatro anos depois os Sex Pistols atacavam-na sem piedade em ano de Jubileu, dando novo sentido à expressão God save the queen, transformado de hino patriótico a hino do furioso desencanto punk.

McCartney imaginou-a como “pretty nice girl”, a estrela reggae U-Roy imaginou-se a dançar com ela no palácio, os Smiths proclamaram The Queen is dead, os cantores folk Leon Rosselson e Billy Bragg, com duas décadas de diferença, viram-na como representação de privilégio insustentável, enquanto os Pet Shop Boys tentavam empatizar com aquela figura distante, humanizando-a. Setenta anos de reinado, doze canções.

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