Trabalhar, para quê?
Há quem chame a este período que vivemos a era da anti-ambição. Na verdade, a era é a da ausência de vislumbre de um futuro. E a cultura de baixos salários que vinga em países como Portugal não ajuda.
A insuficiência de meios humanos para fazer face à retoma pós-pandemia foi uma evidência nos últimos meses. Nos aeroportos, na dificuldade em apanhar táxis ou ubers nas cidades, nos serviços de restauração, e em muitas outras actividades produtivas que implicam fabricação, reparação ou manutenção, foi evidente essa escassez. A razão é fácil de descortinar. Muitos trabalhadores que se ocupavam dessas actividades, na pandemia, viram-se no desemprego ou procuraram alternativas, face a entidades patronais pouco escrupulosas, à precariedade ou a ordenados de miséria.
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