É fácil pedir perdão
A verdade é que o primeiro-ministro português fez aquilo que, aparentemente, ninguém mais, ao seu nível, fez. E isto sabendo todos nós que não custa nada pedir desculpas.
No fundo, não é difícil pedir perdão. Sobretudo para alguém que é cristão, ou vem duma cultura cristã. É só reconhecer o mal cometido porque a vítima, essa, não tem outra opção senão aceitar o pedido de desculpas. Entre adultos, e sobretudo, entre estadistas que precisam da ficção de partilharem os mesmos valores, ficaria muito mal um pedir desculpas e outro rejeitá-las. O mundo diplomático que confere sentido ao que se diz – e ao que se não diz – encarrega-se sempre de produzir doses suficientes de compreensão que legitimam o pedido e aceitação de perdão.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.