BCP desliga luzes das montras para poupar energia

Medida abrange mais de 400 sucursais que terão os letreiros das montras desligados de noite e de dia.

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Desde 2021, a electricidade que o Millennium bcp utiliza nas instalações em Portugal "é 100% verde" Francisco Romão Pereira

O Millennium bcp vai desligar as luzes das montras de mais de 400 sucursais para poupar electricidade. O banco presidido por Miguel Maya anunciou que irá “temporariamente implementar medidas adicionais para a redução do consumo de energia eléctrica”, para dar resposta ao período de crise energética.

Nesse sentido, a partir desta sexta-feira, “os letreiros das mais de 400 sucursais em Portugal passam a estar sempre desligados”, adiantou o banco, que nos últimos cinco anos diz ter conseguido reduzir o consumo de energia “em 60%”.

“Desde 2021 toda a electricidade que o Millennium bcp utiliza nas suas instalações em Portugal (serviços centrais e sucursais) é 100% verde”, refere o banco.

Trata-se de um “mix de energia produzida” pelos mais de 3700 painéis fotovoltaicos existente nas instalações dos serviços centrais, localizadas no Taguspark (Oeiras), e de “energia adquirida com certificado de origem renovável”.

Além da energia, a água e o papel também têm sido alvo de medidas de poupança no grupo financeiro.

A redução ou o desligamento da iluminação das montras poderá será uma das medidas incluídas no plano de poupança energética que tem estado a ser desenhado pelo Governo, e que se espera que seja anunciado este mês, depois de ter estado inicialmente prevista a sua divulgação antes do final de Agosto, como fez Espanha.

Este plano, que também inclui medidas de eficiência hídrica, terá impacto não só ao nível dos serviços da Administração Pública, como também nas empresas privadas, comércio, serviços e indústria, e vem dar resposta à obrigação de poupança energética a nível europeu, para fazer face à diminuição das importações russas e necessidade de acautelar as reservas para o Inverno.

Algumas das hipóteses que estão a ser analisadas passam pela utilização do frio nos supermercados, pelo ajustamento do ar condicionado nos centros comerciais e aquecimento na hotelaria.

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) já disse estar disponível para discutir a redução dos horários de funcionamento dos estabelecimentos, em resposta ao pedido de contributos para o plano de poupança de energia, assumindo ainda que medidas como o controlo das temperaturas nos estabelecimentos ou edifícios de serviços e a diminuição da iluminação nocturna são de rápida aplicação.

Já os centros comerciais e a grande distribuição recusam a ideia de reduzir os horários de funcionamento.

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