A pobreza não se instrumentaliza

O crescimento do produto não se traduz automaticamente no aumento do bem-estar material de que usufruem os habitantes de um dado território.

O debate em torno da capacidade existente na economia nacional para gerar riqueza tem vindo a intensificar-se em diferentes esferas. Não raras vezes, os argumentos apresentados baseiam-se nos níveis registados noutros países, a partir dos quais se equacionam os putativos fatores que possibilitam ritmos de crescimento mais elevados. Neste sentido, o Produto Interno Bruto é tido como a principal métrica do sucesso das opções coletivas tomadas e das políticas públicas implementadas, conferindo à noção de pobreza relativa um lugar central nas narrativas construídas. Pressupõe-se, assim, que uma inferior capacidade para produzir riqueza corresponde a um menor bem-estar material de que usufruem as pessoas residentes em Portugal, por comparação com o que se observa em latitudes distintas.

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