Os rankings das escolas e a infantilização do debate

Como somos um país de debate público débil, escassamente informado, com pouco mundo e menos ainda memória – e tudo isto potenciado por um Twitter polarizado, radical –, os rankings são usados como instrumento de luta livre ideológica, sem qualquer preocupação em olhar para o que os dados (que deviam ser muito mais explorados) nos dizem.

Há uns anos, de férias pelo Hampshire numa espécie de peregrinação literária pelos locais da vida (e da morte) de Jane Austen, dei com publicidade de escolas privadas daquela zona numa revista regional que o hotel disponibilizava aos hóspedes. Os ditos colégios não informavam qual posição em rankings, no entanto ofereciam uma panóplia de dados úteis para os pais escolherem onde inscrever os rebentos. Informavam as médias dos alunos nos vários exames, que percentagem entrava nas melhores universidades (e quais, se Oxbridge, se as de tijolo encarnado, se as mais recentes) e em que tipo de cursos.

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