1. Acabou por ser uma cimeira um pouco agitada, não tanto porque fosse preciso qualquer debate adicional sobre a decisão que vai colocá-la na História, mas porque a presença em Bruxelas dos seis países dos Balcãs Ocidentais que quiseram fazer valer as suas pretensões, ajudou a pôr o dedo na ferida. E a ferida é simples de localizar: a União Europeia está mais uma vez confrontada com o enorme desafio de se adaptar a uma nova e incerta realidade na Europa e no mundo. Por outras palavras, vai precisar de dar um “salto” equivalente àquele que deu em Maastricht, em 1991, quando teve de responder a outra mudança brusca no tempo — “uma súbita aceleração da História” —, marcada pela queda do Muro de Berlim e o fim da Guerra Fria. Se foi difícil na altura, quando a Europa parecia abrir-se a um longo período de paz, será muito mais difícil agora, quando o velho continente se defronta com uma guerra europeia que parecia impensável há meia dúzia de meses.
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