1. Talvez a expressão déjà vu seja a que melhor traduz o que estamos a assistir em 2022 sobre o processo de adesão da Ucrânia à União Europeia. Também em 1999, no Conselho Europeu de 10 e 11 de Dezembro em Helsínquia, com grande entusiasmo político e nos media, a União Europeia afirmava a possibilidade alargamento da UE a treze novos Estados do centro e leste da Europa. O entusiasmo continuou ainda durante alguns anos. No Conselho Europeu de 16 e 17 de Dezembro de 2004, já após se ter concretizado o alargamento a dez novos Estado do centro e leste europeu (faltavam ainda a Bulgária e a Roménia), foi decidida abertura de negociações de adesão com Turquia — o 13.º Estado candidato. Na época, predominava na UE um optimismo desligado da realidade. Existia a convicção de que a Turquia, num espaço de uma década, seria um novo membro e que, antes disso, a UE teria também uma Constituição (rejeitada nos referendos francês e holandês de 2005). Hoje sabemos que não foi assim. Efectivamente, se as coisas tivessem corrido como se acreditava ser possível, teríamos não só outro quadro jurídico, como a Turquia na UE e uma República de Chipre reunificada.
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