Covid-19: Portugal com 114 mil novos casos e 256 mortes entre 7 e 13 de Junho

Em comparação com a primeira semana de Junho, diminuiu o número de mortes e registaram-se menos 43.534 casos de infecção.

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Registaram-se menos 43 mil casos de infecção em relação à primeira semana de Junho Matilde Fieschi

Portugal registou, entre 7 e 13 Junho, 114.410 infecções pelo coronavírus SARS-CoV-2, 256 mortes associadas à covid-19 e uma diminuição dos internamentos em enfermaria e cuidados intensivos, indicou hoje a Direcção-Geral da Saúde (DGS).

Segundo o boletim epidemiológico semanal da DGS, em relação à semana anterior, registaram-se menos 43.534 casos de infecção, verificando-se ainda uma redução de 41 mortes na comparação entre os dois períodos. O arquipélago dos Açores foi a única região do país a registar mais casos de covid-19 do que na semana anterior (mais 153), e o arquipélago da Madeira foi a única a registar mais óbitos (mais quatro).

Quanto à ocupação hospitalar em Portugal continental por covid-19, a DGS passou a divulgar às sextas-feiras os dados dos internamentos referentes à segunda-feira anterior à publicação do relatório. Com base nesse critério, o boletim indica que, na última segunda-feira, estavam internadas 1896 pessoas, menos 95 do que no mesmo dia da semana anterior, com 98 doentes em unidades de cuidados intensivos, menos dez do que na semana anterior.

“O impacto nos internamentos apresenta uma inversão da tendência, pelo que é expectável a manutenção da diminuição da procura de cuidados de saúde”, avança o documento da Direcção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Insa) divulgado esta sexta-feira.

De acordo com o boletim da DGS, a incidência a sete dias estava, na segunda-feira, nos 1111 casos por 100 mil habitantes, tendo registado uma diminuição de 28% em relação à semana anterior.

Por regiões, Lisboa e Vale do Tejo registou 50.786 casos entre 7 e 13 de Junho, menos 18.368 do que no período anterior, e 79 óbitos, menos 19. A região Centro contabilizou 15.773 casos (menos 6336) e 63 mortes (menos quatro) e o Norte totalizou 30.295 casos de infecção (menos 15.227) e 75 mortes (menos oito). No Alentejo foram registados 4341 casos positivos (menos 2379) e 17 óbitos (menos cinco) e no Algarve verificaram-se 4523 infecções pelo SARS-CoV-2 (menos 1013) e 11 mortes (menos cinco).

Quanto às regiões autónomas, os Açores tiveram 4571 novos contágios entre 7 e 13 de Junho (mais 153) e três mortes (menos quatro), enquanto a Madeira registou 4121 casos nesses sete dias (menos 364) e oito óbitos (mais quatro), de acordo com os dados da DGS.

Segundo o relatório, a faixa etária entre os 40 e os 49 anos foi a que apresentou maior número de casos a sete dias (19.147), seguida das pessoas entre os 50 e os 59 anos (17.829), enquanto as crianças até 9 anos foram o grupo com menos infecções (6551) nesta semana.

Dos internamentos totais, 768 foram de idosos com mais de 80 anos, seguindo-se a faixa etária dos 70 aos 79 anos (459) e dos 60 aos 69 anos (229). A DGS contabilizou ainda 21 internamentos no grupo etário das crianças até aos 9 anos, dez dos 10 aos 19 anos, 18 dos 20 aos 29 anos, 40 dos 30 aos 39 anos, 67 dos 40 aos 49 anos e 110 dos 50 aos 59 anos.

Os hospitais do Norte e do Alentejo são os que apresentam maior ocupação em UCI, 55% e 45% respectivamente, enquanto as restantes regiões se “encontram ainda distantes dos seus níveis de alerta”.

O boletim refere também que, nestes sete dias, morreram 186 pessoas com mais de 80 anos, 56 pessoas entre os 70 e 79 anos, 10 entre os 60 e 69 anos, três entre os 50 e 59 anos e uma entre os 20 e 29 anos.

A mortalidade específica por covid-19 estava nos 53,7 mortes em 14 dias por um milhão de habitantes, mas com um abrandamento da tendência crescente, apesar de ainda bastante superior ao limiar de 20 óbitos definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC).

“A mortalidade por todas as causas encontra-se acima do esperado para a época do ano, indicando um excesso moderado de mortalidade por todas as causas, em parte associado à mortalidade específica por covid-19”, adiantam a DGS e o INSA.

Relativamente à vacinação contra a covid-19, o boletim refere que 93% da população tem a vacinação completa, 64% dos elegíveis a primeira dose de reforço e 45% dos idosos com 80 ou mais anos a segunda dose para reforçar a imunização contra o SARS-CoV-2.

O documento sublinha ainda que, entre 1 e 30 de Abril, as pessoas com idade igual ou superior a 50 anos com um esquema vacinal completo “parecem apresentar um risco de internamento semelhante ao das pessoas sem um esquema vacinal completo”.

“Esta evidência vem reforçar a recomendação de dose de reforço nos grupos etários mais velhos”, salienta o documento, que avança também que, na população com 80 e mais anos, a dose de reforço reduz o risco de morte por covid-19 em três vezes em relação a quem tem o esquema vacinal completo e em seis vezes em relação aos não vacinados ou com esquema incompleto.

Perante estes indicadores, o relatório refere que a epidemia de covid-19 mantém uma incidência muito elevada, embora com tendência decrescente, aconselhando “fortemente o reforço das medidas de protecção individual e vacinação de reforço, assim como da sua comunicação frequente à população”.

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