Nuno Melo defende que PRR possa ser utilizado para fundo ambiental

Presidente do CDS-PP defende que o PRR “não é adaptado à realidade”.

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Nuno Melo defende politicas de modernidade Jose Sergio

O presidente do CDS-PP defendeu este domingo que o PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) possa ser utilizado para transferências de verbas para um fundo ambiental e classificou de “ridículo” que Portugal tenha um fundo ambiental com 2,6 milhões de euros para 4550 bicicletas.

“O que nós propomos é que o PRR que foi pensado para um período antes da guerra, que continua a perspectivar, basicamente, investimento público, não é adaptado à realidade, com uma inflação que cresce e a energia a preços simplesmente absurdos, possa ser utilizado para transferências de verbas para um fundo ambiental, e que nesta medida contemple habitações também posteriores a 2006, mas que permita que os projectos sejam aprovados antes da compra dos equipamentos para que efectivamente as pessoas saibam se podem contar com essa ajuda ou não”, declarou Nuno Melo, no Porto.

O presidente do CDS-PP, em declarações à Lusa à margem de um passeio de bicicleta eléctrica que realizou na cidade do Porto para assinalar o dia do ambiente, classificou de “ridículo” que Portugal tenha um fundo ambiental com 2,6 milhões de euros para 4.550 bicicletas.

“Basicamente com 500 euros por bicicleta, o que é simplesmente ridículo, quando se apela politicamente a uma transição, quando se tomam medidas que têm em vista a sustentabilidade e energia limpa, 4550 bicicletas eléctricas num país, que só no Porto tem mais de 50 mil pessoas a circular, ou Lisboa, é coisa nenhuma”, declarou.

Uma das medidas que o presidente do CDS-PP defende tem que ver com o “reforço para a conversão numa mobilidade eléctrica”, designadamente no âmbito das políticas de “abate de veículos”, com outras perspectivas que o Governo “não contempla”, referiu.

Nuno Melo criticou o sistema actual em Portugal sobre a comparticipação para painéis solares, bombas de calor, fotovoltaicas e outros equipamentos importantes para a utilização de energia limpa, lamentando que os portugueses tenham de comprar os equipamentos primeiro, depois têm de apresentar as candidaturas e depois os projectos podem demorar mais de um ano a ser aprovados, além de excluírem os edifícios construídos antes de 2006.

“Hoje as políticas de mobilidade, mais ainda no meio urbano, onde o CDS perdeu muitos votos, são políticas fundamentais. Os jovens, os menos jovens, querem saber o que é que os partidos têm para apresentar naquilo que acaba por ser uma mudança de paradigma”, observou o líder do CDS.

O CDS neste ciclo é “um partido que terá ideias claras em todos os sectores clássicos das áreas sectoriais, mas é um partido que terá respostas e estará na primeira linha da defesa daquilo que são aspectos políticos da modernidade”, explicou.

As políticas de modernidade não são de esquerda, nem são de direita, são da modernidade, são questões que as pessoas querem ver tratadas, com problemas identificados e medidas apresentadas”, conclui.

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