Nuno Melo conquista 73% dos votos e lidera comissão política nacional do CDS

Eleição dos órgãos nacionais do CDS decorre esta manhã, no congresso de Guimarães, onde é esperado Paulo Portas

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Nuno Melo sucede a Francisco Rodrigues dos Santos na liderança do CDS LUSA/JOSÉ COELHO

A moção de estratégia global do eurodeputado Nuno Melo ganhou a esmagadora maioria dos votos dos delegados do CDS (804, correspondentes a 73%), o que lhe permite indicar a comissão política e fazer listas para os restantes órgãos nacionais do partido.

A proposta do antigo vice-presidente de Assunção Cristas e Paulo Portas ficou bastante distanciada de outras duas moções, uma das quais subscrita por Miguel Mattos Chaves, que se assumia como candidato à liderança do partido. O vogal da comissão política nacional cessante obteve 104 votos (9%), menos cinco votos do que a moção intitulada “Trazer a Democracia para o século XXI”,de José Maria Duque, que pertence ao grupo de Filipe Lobo d’Ávila, ex-vice-presidente do CDS.

A menos votada foi a moção do dirigente distrital Octávio Costa, com 35 votos (3%).

Os promotores das restantes seis moções de estratégia global – incluindo a de Nuno Correia da Silva, que era também candidato à liderança – desistiram e não foram a votos.

As votações para os órgãos nacionais decorrem esta manhã, entre as 9h00 e as 12h00, no segundo e último dia do congresso do partido, em Guimarães, onde é esperado Paulo Portas. O antigo líder e ex-vice-primeiro-ministro revelou este sábado que apoiava Nuno Melo como candidato à liderança do CDS, comprometendo-se a comparecer no congresso para “dar o seu voto”.

Para vice-presidentes, Nuno Melo convidou várias figuras que foram o rosto do CDS nos últimos anos como Telmo Correia, que liderou a bancada e Isabel Galriça Neto, que se tem batido contra a eutanásia, Paulo Núncio, antigo secretário de Estado das Finanças, Vânia Dias da Silva, subsecretária de Estado adjunta de Paulo Portas e o ex-deputado que liderou a distrital do Porto, Álvaro Castello Branco. João Varandas Fernandes, médico e antigo vice-presidente do Benfica, bem como Maria Luísa Aldim, que foi conselheira nacional e deputada municipal em Lisboa.

Para a mesa do conselho nacional, foi indicado Pedro Mota Soares, antigo ministro da Solidariedade e Segurança Social, que deverá substituir Filipe Anacoreta Correia. Nuno Magalhães, que liderou a bancada parlamentar entre 2011 e 2019, lidera a lista ao conselho nacional, que é o órgão máximo entre congressos.

O antigo vice-presidente de Assunção Cristas e de Paulo Portas sucede a Francisco Rodrigues dos Santos eleito em Janeiro de 2020 e que se demitiu no passado dia 30 de Janeiro quando o CDS falhou a eleição de deputados para a Assembleia da República.

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