Noite inspirada de Messi e Di María garante primeira Finalíssima à Argentina

Valeu à “squadra azzurra” a exibição salvadora de Donnarumma, a evitar um resultado ainda mais volumoso e um desfecho demasiado penoso para os campeões europeus.

Argentino Di María com oposição do central Chiellini, que cumpriu o último jogo pela selecção italiana
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Argentino Di María com oposição do central Chiellini, que cumpriu o último jogo pela selecção italiana Reuters/JOHN SIBLEY
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A Argentina venceu, esta quarta-feira, em Wembley, a primeira edição da Finalíssima — prova em que passam a defrontar-se os campeões europeus e da Copa América — derrotando a Itália, por 3-0, com Donnarumma a evitar uma noite de autêntico pesadelo, patrocinado por Messi e Di María.

Apesar das inúmeras baixas no ataque da selecção italiana, obrigada a apresentar uma linha totalmente nova relativamente à que levou à conquista do último Campeonato da Europa, as primeiras e melhores ocasiões foram construídas pela equipa de Roberto Mancini, com Raspadori e Belotti em busca da vantagem, essencial para a conquista de um troféu que podia ajudar a aliviar o peso da inédita segunda ausência consecutiva em fases finais de Campeonatos do Mundo.

Nada que impressionasse demasiado os argentinos, vindos de uma série de 31 encontros sem derrotas (desde as meias-finais da Copa América de 2019, 2-0 frente ao Brasil) e ainda animados pela conquista da última Copa América, a terminar com longo jejum de quase três décadas, desde a conquista, em 1993, da última Finalíssima Intercontinental (frente à Dinamarca, nos penáltis), segunda edição do troféu agora “reinventado” por UEFA e CONMEBOL.

A selecção albiceleste, que nunca havia vencido nos seis encontros disputados em Wembley (três empates e três derrotas), só precisou que Lionel Messi acelerasse o jogo para garantir uma vantagem confortável ao intervalo: depois de uma primeira ameaça, o astro argentino construiu o lance do primeiro golo, que ofereceu a Lautaro Martínez (28'). O avançado do Inter de Milão encarregar-se-ia, já no primeiro de dois minutos de compensação, de retribuir, embora para dar a outro avançado do PSG, Di María, a oportunidade de repetir a proeza que valeu a conquista da Copa América. O extremo antecipou-se a Bonucci e picou a bola por cima do companheiro de equipa Donnarumma.

No reatamento, Roberto Mancini poupou o “capitão” Giorgio Chiellini a uma despedida mais dolorosa, retirando o jogador da Juventus no último jogo pela selecção, onde em quase duas décadas somou 117 internacionalizações, fechando as contas como quarto futebolista com mais partidas pela “squadra azzurra”.

Competia, então, à Itália esgrimir outro tipo de argumentos para inverter o rumo de um jogo que parecia vincar-se à medida que o tempo corria e a Argentina deixava claro que se os europeus vacilassem seriam severamente punidos. Di María teve, inclusive, no pé esquerdo as duas melhores oportunidades da segunda parte, depois de a Itália ter estado perto de cometer hara-kiri num atraso de Bonucci. O gigante Donnarumma emergiu, então, para evitar o escândalo, salvando o autogolo do central antes de negar duas vezes a felicidade a Di María.

E quando Donnarumma parecia ultrapassado pelos acontecimentos, Giovani Lo Celso errou o alvo com a baliza escancarada. A argentina era dona e senhora de Wembley, deixando os italianos numa posição delicadíssima, sempre com Dannarumma no caminho dos disparos de Messi a tentar evitar a todo o custo um final penoso, mas impotente para travar o golpe final de Dybala (90+4'), a conferir absoluta justiça ao resultado.

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