Macedónia do Norte será o adversário de Portugal

Com um golo no minuto 92, de Alex Trajkovski, os macedónios eliminaram a Itália e vão jogar terça-feira, no Estádio do Dragão.

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O momento do remate de Trajkovski, que deu o apuramento à Macedónia

A supremacia da Itália foi clara e, mais minuto, menos minuto, o golo dos campeões europeus parecia uma inevitabilidade em Palermo. Porém, no minuto 92, com 30-3 em remates favoráveis aos italianos, Aleksandar Trajkovski recebeu a bola fora da área e, com um tremendo remate, provocou a grande surpresa nas meias-finais dos play-offs de acesso ao Mundial 2022. Com uma estratégia super-defensiva, o muro erguido pela Macedónia do Norte à frente da baliza travou a Itália e, com o triunfo por 0-1 na Sicília, os macedónios estarão na terça-feira, no Estádio do Dragão, a discutir com Portugal um lugar no Campeonato do Mundo.

Há jogos em que a estatística reflecte na perfeição o filme do jogo. Com 34-4 em remates, 16-0 em cantos e mais de 70% de posse de bola, a Itália foi a única equipa que procurou sempre chegar à vitória no Estádio Renzo Barbera, mas, pela segunda vez consecutiva, um Campeonato do Mundo não terá a presença dos italianos.

Numa partida em que Immobile e Berardi estiveram desinspirados na finalização, as oportunidades de golo para a Itália foram-se sucedendo e, quando parecia que a “squadra azzurra” seria penalizada com 30 minutos extra, um dos atletas em campo que melhor conhece o Renzo Barbera decidiu a eliminatória.

Jogador do Palermo durante quatro temporadas (entre 2015-16 e 2018-19), Aleksandar Trajkovski, que joga actualmente no Al Fayha, da Arábia Saudita, resolveu a partida: assistido por Bojan Miovski, o avançado, de 31 anos, rematou de fora da área com o pé direito e colocou a bola junto à base do poste esquerdo da baliza italiana, não dando hipóteses de defesa a Donnarumma.

Na Suécia, foi mesmo preciso um prolongamento para conhecer o rival da Polónia — os polacos ficaram automaticamente apurados após a exclusão da Rússia. Em Solna, o duelo entre suecos e checos foi equilibrado e com oportunidades para ambos os lados, mas, após 90 minutos sem golos, tudo ficou decidido aos 110’.

No início da segunda parte do prolongamento, Alexander Isak colocou a bola na área e Robin Quaison, outro jogador que esta época se transferiu para a Arábia Saudita — o avançado joga no Al-Ettifaq — fez o 12.º golo com a camisola do seu país.

No Cardiff City Stadium, Gareth Bale fez uma pausa nas “férias” em Madrid e voltou a fazer a diferença pelo País de Gales. Com apenas 78 minutos de utilização pelo Real nos últimos sete meses, o avançado começou a desequilibrar o duelo entre os galeses e a Áustria aos 25 minutos: com um grande golo de pé esquerdo na cobrança de um livre directo, Bale bateu pela primeira vez Heinz Lindner, guarda-redes do Basileia.

Em desvantagem, os austríacos assumiram o domínio da partida e tiveram supremacia na posse de bola, mas, seis minutos após o intervalo, Gareth Bale ganhou posição dentro da área e, com um remate cruzado de pé esquerdo, após um canto, fez o 2-0 para os galeses.

Aos 65’, após Ben Davies marcar na própria baliza, a Áustria ainda acreditou numa reviravolta, mas o resultado já não se alterou. O País de Gales fica agora à espera de saber com quem vai discutir a vaga para o Mundial do Qatar: a selecção britânica terá que aguardar pela realização do Escócia-Ucrânia, adiado devido à guerra entre ucranianos e russos.

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