Kae Tempest montou um confessionário no M.Ou.Co para expiar a condição de ser humano

Depois de alguns concertos no Reino Unido, Tempest iniciou no Porto uma digressão que seguirá pela Europa para apresentar o seu último The Line is a Curve.

Foto
Kae Tempest no M.Ou.co, com Clare Uchima nas teclas e sintetizador Anna Costa

Kae Tempest entrou no palco do M.Ou.Co com uma promessa: as únicas palavras que o público ouviria até ao final da sua actuação seriam as que se iriam sobrepor às teclas e sintetizador de Clare Uchima. O prometido foi cumprido e, até o concerto terminar, a sala portuense transformou-se no seu confessionário. Sem arrependimentos, flagelações ou outras punições para corrigir pecados abriu a porta para a sua alma, que para muitos dos presentes seria ao mesmo tempo um espelho. Desta vez regressou a Portugal para apresentar The Line is a Curve, editado este ano, tocado na íntegra. O spoken-word com batida de Tempest não tem prazo de validade, assim como também as angústias dos humanos não expiram com o tempo.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar