O silêncio que ensurdece

Custa-me aceitar o silêncio que ensurdece sobre aquilo que há vários meses vem acontecendo no Afeganistão e que culmina agora com a decisão de que as mulheres voltem a não poder sair à rua com a cara descoberta.

No sábado passado, num debate em Matosinhos, a discussão tornou-se acesa quando referi que nenhum ser humano pode sentir todas as tragédias do mundo com igual intensidade. E afirmei-o convicta e sem um único traço de culpa ou remorso. A minha preocupação é geral, mas a minha empatia, lamento, não é independente de factores como a proximidade cultural ou geográfica. Se o fosse, não sei como faria para encontrar as forças necessárias para me levantar da cama e sorrir ao Sol todos os dias.

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