Morreu antiga dirigente da UGT e deputada socialista Elisa Damião

A antiga secretária da mesa da Assembleia da República tinha 75 anos.

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Elisa Damião foi deputada do PS Nuno Ferreira Santos

A antiga dirigente da União Geral de Trabalhadores (UGT) e deputada do PS entre a V e VI legislaturas Elisa Damião morreu este sábado com 75 anos, disse à Lusa fonte do Conselho Económico e Social (CES).

Elisa Maria Ramos Damião foi deputada socialista eleita pelos círculos eleitorais de Braga (V Legislatura), Leiria (VI) e Lisboa (VII), entre 1987 e 1999, onde desempenhou o cargo de secretária da mesa da Assembleia da República.

Antiga dirigente do PS e membro do Conselho de Administração da Fundação Europeia para a Qualidade de Vida, Elisa Damião fez também parte da direcção de José Manuel Torres Couto na UGT, na década de 1980.

Enquanto eurodeputada, entre 1999 e 2004, integrou a Comissão de Emprego e Assuntos Sociais e Delegação para as relações com o Canadá.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, expressou “grande tristeza” pela morte da antiga dirigente e recordou que a antiga deputada socialista “dedicou toda a sua vida às causas dos trabalhos e dos assuntos sociais”, lê-se numa nota divulgada na página oficial da Presidência da República na internet.

Também o PS manifestou “profundo pesar” pela morte da antiga dirigente do partido Elisa Damião, enaltecendo o “importante legado de activismo sindical” e considerou que o país perdeu “uma pensadora livre e de grande capital intelectual”. O PS acrescenta que “Portugal perdeu, não só uma pensadora livre e dotada de grande capacidade intelectual, que materializou nos inúmeros artigos que publicou sobre temáticas sociais, mas também uma referência de carácter”. Elisa Damião “deixou-nos um importante legado de activismo sindical de rara qualidade e destacada determinação”, complementa a nota divulgada pelos socialistas.

"Permanente respeito pela democracia"

O presidente do CES, Francisco Assis, recordou a antiga dirigente como uma “sindicalista de excepção” que conciliava a firmeza pelas convicções com o “permanente respeito” pela democracia. “A notícia da morte de Elisa Damião causou-me uma profunda tristeza. Elisa Damião era uma mulher de elevada estatura civíco-moral e ao longo da sua vida prestou inestimáveis serviços à democracia portuguesa”, disse o socialista Francisco Assis, numa mensagem enviada à agência Lusa.

O antigo eurodeputado recorda Elisa Damião pela “rectidão do carácter e a capacidade de conciliar a firmeza das suas convicções com uma atitude de permanente respeito democrático pelos seus adversários”, apresentando à sua família as “sentidas condolências”.

O presidente do CES descreve a antiga dirigente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e antiga deputada do PS como uma “sindicalista de excepção” e uma “deputada dotada de grande brilho” com quem teve “a honra de conviver”.

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