UE mais perto de adoptar o cabo único de carregamento

No próximo mês será votada a proposta da UE de adoptar um cabo de carregamento universal para telemóveis, tablets e auscultadores. A Comissão Europeia quer que a porta USB-C seja o padrão.

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A Apple ainda dá pouco uso ao USB-C, já que todos os iPhones carregam através de uma ficha Lightening. Todos os outros grandes fabricantes já adoptaram o USB-C Daniel Rocha

A proposta da União Europeia (UE) de adoptar uma ficha de carregamento universal para telemóveis, tablets e auscultadores deu um passo em frente esta quarta-feira quando um painel da UE apoiou a proposta, abrindo o caminho para uma votação em assembleia no próximo mês.

A Comissão Europeia sugeriu a existência de um tipo de cabo único para carregar aparelhos, como telemóveis, há mais de uma década, na esperança de que os fabricantes conseguissem encontrar uma solução comum. Mas acabou por propor um projecto de legislação no ano passado, uma novidade mundial, depois de os produtores não o terem feito.

A Comissão do Mercado Interno e Protecção dos Consumidores do Parlamento Europeu concordou esta quarta-feira com a proposta da Comissão Europeia, que quer que a porta USB tipo C seja o padrão para telemóveis, tablets, auscultadores, e-readers, computadores portáteis de baixo consumo, teclados, ratos de computador, auriculares, relógios inteligentes e brinquedos electrónicos.

Os iPhones e outros dispositivos da Apple são carregados a partir de um cabo/ficha proprietária chamada Lightning, enquanto os dispositivos baseados no sistema Android são alimentados por USB-C. Na União Europeia, a maioria dos telefones vendidos são dispositivos Android.

“Com meio milhão de carregadores para dispositivos portáteis enviados anualmente na Europa, gerando 11.000 a 13.000 toneladas de lixo electrónico, um único carregador para telemóveis e outros dispositivos electrónicos de pequena e média dimensão beneficiaria todos”, disse Alex Agius Saliba, que está a liderar o debate no Parlamento.

Para a Apple, a proposta prejudicaria a inovação e criaria uma “montanha” de resíduos se os consumidores acabarem por ser forçados a mudar para novos carregadores.

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