Will Smith, a Ucrânia e a masculinidade tóxica

Tem vindo a fazer caminho a ideia de que a História da humanidade pode ser reduzida ao constante domínio físico e psicológico do homem tóxico sobre a mulher intoxicada.

Quando eu era novo, aquilo que Will Smith fez a Chris Rock na cerimónia dos Óscares chamava-se uma agressão. Agora, parece que se chama “um caso de masculinidade tóxica”. A diferença entre uma “agressão” e um “caso de masculinidade tóxica” é que a primeira é o produto de um comportamento individual, e a segunda é o subproduto de um comportamento colectivo. A primeira leva-nos a concluir que o indivíduo Will Smith é um idiota, pois bateu num colega por causa de uma simples piada sobre a sua mulher. A segunda convida cada homem, quer se chame Will Smith ou não, a auto-analisar-se em busca de vestígios dessa masculinidade tóxica atroz, que tem com toda a probabilidade dentro de si e até hoje se esqueceu de remover.

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